terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Tênis para zumba!!!

Simmmm, esse é um blog literário, mas a autora aqui também faz zumba e tipo, acho que estava na hora de eu fazer um desabafo sobre a maior dificuldade sobre praticantes dessa arte no Brasil: Achar um tênis.

Zumba, para quem não sabe, mistura dança com movimentos aeróbicos, portanto, precisa de um bom tênis para o impacto, etc e tal.

Blablabla sem importância, vamos ao principal: tão logo comecei a fazer, já nos primeiros meses, senti muito a dor na panturrilha e nos pés. Eu sabia que o tênis podia estar me dando esse problema, então comecei a procurar na internet pela melhor marca, e descobri que - OLHA SÓ QUE LEGAL! - NÃO EXISTE TENIS ESPECIFICO PRA ZUMBA NO BRASIL. Claro, você pode comprar de fora, os da marca abaixo, mas depois dessa coisa do correio de importações, estou toda atrapalhada com esse negócio novo de taxa e resolvi pegar os nacionais mesmo.

Já que brasileiro não desiste nunca,  fui atrás de resenhas, e tudo que consegui encontrar eram conselhos em diversos sites para a marca Nike.

Então vai a Josi gastar alguns realzitos a mais do salário e comprou um hyper mega nike super estiloso, foda e caro. Me sentia a moça do flashdance preparada para as piruetas na aula.

Mas, bastou uma aula para eu saber que o tênis, apesar dos diversos indicadores na internet, não, não e não, não é a melhor opção para zumba. Meus paus para toda obra - Olympicos - pareciam mais confortaveis que os da nike. (talvez seja o formato do pé, não sei).

Mas dai, veja só a coisa, hoje, naquela confusão do dia a dia, esqueci minha mochila com meu tênis hiper caro dentro e fui pra aula com meu fila velho de guerra, do modelo baratinho, stripe feminino - na netshoes paguei menos de R$ 100,00 numa oferta de fim de ano, agora tah um pouquinho a cima - e adivinhem: MELHOR TÊNIS DA VIDA PARA ZUMBA.

Então essa é a minha opinião despretensiosa de quem não está ganhando um real para indicar um tênis, mas acha que precisa dessa utilidade pública para quem está buscando um tênis para zumba. Aposte no fila.VALE A PENA SIMMMM


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

O Escritor Fantasma - Aline Andrade

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Viviane é uma escritora aclamada no mundo inteiro, no entanto, imagine tal qual não é seu desespero quando sua capacidade de criação desaparece e o que toma seu lugar é um pesadelo que se repete noite após noite. Um fantasma, um mistério e uma mulher que se descobre mais corajosa do que jamais imaginou ser um dia.



E O QUE A JOSY ACHOU?
Eu amei a narrativa de Aline Andrade. Uma autora até então desconhecida para mim, mas que já tem outra obra lançada na Amazon. 
De cara, toda a estrutura do texto é muito boa. Eu gosto muito dessa coisa misteriosa, do texto carregado. 
A protagonista foi para mim muito próxima, não apenas pela profissão que temos, mas também porque - já nas primeiras cenas - percebemos que ela sofre de terror noturno - doença que me obrigou a procurar ajuda há algum tempo.
Mas, definitivamente, eu consegui me ver nas descrições do escritor que vaga enquanto chora, fantasma perdido porque teve seus manuscritos roubados e nunca reconhecidos, porque de fato, acho que não existe nada que possa doer mais para um autor do que ver sua obra roubada - sequer a morte.
O conto é curto, dá para ler em poucos minutos, mas mesmo assim vale a pena.

sábado, 27 de outubro de 2018

ROMANCES FANTÁSTICOS - RESENHA

ROMANCES FANTÁSTICOS

Romance e fantasia. Quem não fica extasiado com esse tema?
Duas vertentes diferentes, mas que neste livro se unem de uma forma a apaixonar o leitor por ambos os temas.
Encantar o leitor foi o que moveu todos os autores. Cada um a sua maneira transferiu para as páginas desta antologia o que de mais belo e forte que tem dentro dos seus corações.
Há magia, folclore, esperança, guerra, luta... tudo que amamos nos livros.

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Nesse ano de 2018, minha sessão da Bienal de SP foi na Editora Hope, o que se tornou muito legal porque pude conhecer várias pessoas que só conhecia de nome, e adquirir alguns livros que me chamaram a atenção.

Enquanto aguardava meu horário, andando pelo stand, fui mexer em algumas obras que estavam sendo arrumadas (era o primeiro dia da Bienal), e eis que o Tom Adams grita num canto: Olha essa capa! Olha essa diagramação!

Na minha vida inteira, eu nunca comprei um livro pela capa. Romances Fantásticos foi a exceção. A capa era deslumbrante demais e, ao abrir, me deparei com uma diagramação tão bem trabalhada que não deu pra evitar a vontade de ter esse livro na minha estante.

Demorei a ler porque como qualquer autor nacional, eu tenho metas de texto a serem batidas. Dessa forma, desde a Bienal não parei de trabalhar em cima de livros. Mas, agora que encerrei o último do ano (lança terça, não percam!) pude pegar o livro que estava desde agosto em cima da minha mesinha de trabalho.

Gente... gente...

Primeiramente quero chover no molhado e dizer que Deniz Ibanez e Alessandra Morales sabem como escolher contos. Sabem como organizar uma antologia. O tempo todo eu fiquei esperando mais do mesmo, mas a cada narrativa era uma surpresa atrás da outra. Outra coisa que me surpreendeu foi a idade da maioria dos autores. Jovens mas com nítida bagagem literária. Fiquei muito feliz em perceber traços clássicos em alguns contos.

Começa por Henrique de Micco, que traz uma mensagem de sacrifício e amor tão intensa. O quão vale a pena você lutar por quem ama? 

Ariel Gomes, que escreveu o segundo, me deixou em estado de graça. Eu não tenho palavras, em nada esperava aquele desfecho. Sou escritora de Yaoi, tenho minhas raízes nesse ramo, mas não esperava um conto que conseguisse transbordar tanto sentimento. O final me fez chorar. E fazia muito tempo que eu não me emocionava com uma história.

Alex Oliveira trouxe uma visão sobre o luto em uma criança de 11 anos. Gostei da narrativa, achei muito bem construída, apesar de extremamente longa para uma antologia. Acho que com um pouco mais de esforço, cairia melhor como livro em separado. Mesmo assim, trouxe elementos novos e bem abrasileirados para a narrativa.

João Paulo Effting também tem uma história em que o elemento de lendas nacionais é forte. Mas, o pecado ocorre da mesma forma que o texto de Alex. É material para livro, não para conto. Muitas pontas que poderiam ser trabalhadas com calma e detalhes, foram jogadas de forma rápida para que o conto pudesse se finalizar logo. Eu realmente indico o autor a reescrevê-lo e transformá-lo num romance. Tem elementos para se tornar um livro de sucesso. 

O primeiro nome feminino a despontar no livro é Helena Girdard. Claro, imediatamente já me identifiquei. Literatura feminina tem dessas coisas, dessas sensibilidades que só mulher consegue transferir pra mulher. 

Essa mesma sensação tive com Raquel Bueno. Seu conto é de uma simplicidade extrema, mas consegue capturar a atenção por ser essencialmente feminino.

Alessandra Morales vem com uma história fantástica de uma princesa guerreira em um mundo dominado por seres como bruxas, magos e demônios. 

Renata Brito foge do estereotipo mundano e traz uma história cheia de magia e espiritualidade. Particularmente eu amo canela, e me envolvi muito com a forma natural de Julia, a protagonista, pensar.

Rita Flores é uma autora que admiro muito, e fiquei feliz em poder conhecer seu trabalho escrito. Eu nem preciso dizer que o conto dela foi, pra mim, o mais incrível de toda a antologia. É claro que é triste e chega a ser aterrorizante, mas acredito que a nuance humana na literatura não se permite apenas a beleza nas palavras. Se nós humanos somos falhos, tristes e depressivos – às vezes – por que não transportar isso para os textos? E, também, audaciosamente, foi uma maneira tocante de ver a morte. Eu fiquei apaixonada pelo seu texto e com certeza é uma autora que eu quero conhecer mais e mais.

Beatriz Cavalcante se mostra uma das promessas da nova literatura nacional. Tem uma estrutura de texto impecável e consegue transparecer os sentimentos dos personagens. Gostei muito do conto dela.

Deniz Ibanez provavelmente é o nome mais conhecido da antologia. E não falhou na sua missão em escolher os contos e também participar dela. E vamos admitir, a cena do protagonista conversando com os músicos é MEMORAVEL.

Margareth Brusarosco encerra a obra com uma narrativa de anjos movidos por ciúme, amor e paixão. 

Enfim, é um prato cheio de boa literatura. Recomendo demais.
Vocês podem encontrar o ebook na Amazon e o livro no site da Editora Hope. Vale o investimento.
 

 


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A questão, Maria, mãe de Jesus.

É, eu sei, o blog literário abandonado há meses e quando eu ressurjo é para falar de um assunto religioso. Mas, eu precisava realmente trazer esse assunto à tona, porque é algo que me anda “cutucando” a mente há dias.

Bom, eu sou teísta, acredito em Deus, apesar de não seguir nenhuma religião tradicional. Mas, nasci católica. Minha mãe era extremamente devota de Nossa Senhora de Fátima, e eu cresci sobre esse jugo da Mãe salvadora, Mãe amada, que sempre me protege.

Quando eu tinha cerca de vinte anos conheci o Evangelho pela Igreja Adventista do 7° Dia, e realmente foram anos de muita dedicação a leitura da Bíblia. Fui diretora de escola bíblica, aprendi e ensinei muito, foi maravilhoso. Por motivos de discordância de algumas doutrinas que não importa aqui, acabei saindo da Igreja, mas continuei Cristã, e nunca me envergonhei disso.

Contudo, foi nesse período que eu praticamente abandonei a memória da Maria Mãe, a intercessora.

Não vou entrar no mérito religioso porque todo esse texto não é doutrinário. Não tem nenhuma intenção de ofender ninguém. É apenas uma divagação de uma escritora que tem dias que anda se perguntando o que diabos está acontecendo com o mundo.

Bom, conforme os anos foram passado, fui percebendo que a imagem Mãe, que era tão sagrada nos anos anteriores aos 90, parece estar se decaindo. Chovem comentários, textos, etc, problematizando a maternidade, tentando remover dessa palavra a sua majestade.

Eu só liguei os pontos recentemente. Foi o próprio cristão evangélico que acabou tirando isso da mente das pessoas (calma, não é uma acusação, é apenas uma observação). 

Antes, Maria era como nossa mãe era sagrada. Transferíamos isso a nossa genitora. Você podia ser o pior bandido do mundo, mas a sua mãe você respeitava, porque era uma alusão da Virgem.

Conforme as religiões pentecostais foram crescendo e essa santidade de Maria decaindo, vimos também a própria maternidade como graça de Deus sendo posta à prova.

Começou com alguém chutando uma imagem de Maria, hoje vi uma adolescente mandando a mãe tomar no c*.

Como deixamos isso acontecer? Como deixamos de nos importar com a Mãe do Nosso Salvador? Como nós, como igreja – corpo de Cristo – não importando a denominação, deixamos de proclamar a escolhida de Deus?

Ser Mãe é tão sagrado que até Deus quis uma para Ele! E ele escolheu uma jovenzinha pura e doce lá do povo judeu. Uma menina pobre, que aceitou a enorme tarefa de educar, alimentar, amar e amparar o Nosso Deus. Ela esteve lá do primeiro segundo que ele esteve no mundo, até o momento de sua morte, e além.

Vamos repensar a importância que estamos dando a Maria em nossas vidas. Com a decaída dela em nossas famílias, as nossas mesmas famílias estão perdendo seus membros pro mundo, e para o pecado.

Você reparou que a cada dia nós mulheres estamos cada vez mais longe da doce Maria? Como nosso corpo passou a ser apenas uma coisa sem importância que expomos sem pudor?

O mal atacou Maria porque atacar a santidade da mãe era a maneira certa de destruir as famílias. E estamos tão ocupados brigando por regras e nomes de igrejas que não percebemos isso.

Talvez a resposta de tudo esteja lá na minha infância, ajoelhada, rezando para a mãezinha de Deus. 

Porque, afinal de contas, MÃE É SAGRADO SIM.
 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Resenha - A Escrava e a Fera

Olá amores,
Venho dessa vez com resenha

Lançamento da Portal Editora para o dia 01/03 - http://amzn.to/2ssEnQt , mas como autora da editora, tive o prazer de receber o livro antes.
Nem lançado foi e já recebeu acusações de racismo (quem acusou deve estar tomando cachaça no lugar de água pois além do revisor e de uma pequena parcela da editora, até então ninguém leu, né bofes? Para se acusar de alguma coisa, vamos ler antes e saber do que se trata? Obrigada, de nada.)
E o livro?
A história se passa em 1824 e começa com a agoniante vinda de Amali para o Brasil. Tirada de sua família, jogada num porão fedido de um navio mercantil, ela é trazida como escrava.
De cara, a narrativa deixa claro o quanto Amali é forte e busca pela sua liberdade. O quanto sua escravidão trouxe-lhe dor e agonia. Você sente isso com bastante força, numa narrativa pesada em terceira pessoa.

"– Quero voltar para minha terra. – Amali mostrou os dentes como um animal feroz.
– Não existe mais sua terra, garota. Apenas as terras do seu senhor.
– Eu não sirvo ao rei dessa terra."


Eu sinceramente senti todo o pulso feminino ali. É uma mulher linda, forte, aguerrida, nada submissa, passando por um dos piores momentos da humanidade. Em contrapartida, o senhor com o qual ela foi levada a servir também tem seus pesadelos, suas marcas.
Fernando e Amali fazem um contraponto. Ela está presa por correntes, ele pela própria consciência. Ambos são escravos, de diversas maneiras, mas com a mesma dor.
E ele me surpreende muito. Frio em alguns momentos, bons em outros. Mas, acima de qualquer coisa, um homem digno. A cena em que ele evita que ela seja abusada é de cortar o coração:

"– Bastardo maldito! Como ousa? – Fernando bufava e rosnava como um touro. Nunca antes ele se aproximara tanto de uma verdadeira fera como naquele instante.
– É só uma negra, patrão. Com sorte, vosmicê ganhava mais um escravo. – A fala debochada fez a ira nos olhos azuis do patrão brilhar ainda mais.
– Seu desgraçado! – Fernando partiu com tudo para cima do velho hipócrita, ainda caído no chão."


É um amor que nasce das cinzas do que sobrou dessas duas pobres almas. Francamente, você sofre por eles. Você sente a dor deles. Você tem pena. Você torce pela redenção.
Existe na narrativa de Jessica Macedo uma ideia que lembra muito os ideais da revolução francesa. Existe uma busca incessante por mais que liberdade. Os personagens querem mais que se livrarem das correntes fisicas ou mentais que os prendem.

É um livro sobre fraternidade. Sobre amor. É um livro que narra um dos momentos mais tristes da história do nosso país. Mas, não peca no principal. É uma obra sobre Esperança.