sábado, 24 de dezembro de 2011

Resenha - Trilogia Guardians, autora Luciane Rangel




"Ninguém entende meu fascínio por Guardians até começar a lê-lo. Daí eu passo a ser inteiramente compreendida." 


Tão grata foi a minha surpresa quando recebi os livros que faltavam da minha coleção de Guardians, ao descobrir que Luciane Rangel, a autora, havia colocado uma das minhas frases na contracapa. Luciane escolheu bem, Guardians realmente me fascina, e tão logo outras pessoas o lêem, também ficam fascinados.


Como conheci a obra?

Lá se vão alguns anos - sim, Luciane e eu estamos ficando velhas - em que essa pobre autora que vos escreve dedilhava seus textos via internet, ansiosa para que qualquer pessoa lesse. Como eram estórias originais ( A Rosa entre Espinhos, para ser mais exata), poucas pessoas sentiam vontade de ler. Talvez por causa do começo um tanto clichê, poucos imaginam as reviravoltas que aquele texto daria. Luciane foi uma das poucas a se atrever a ler. Assim que ela me mandou o primeiro email com seus comentários sobre o livro, fui atrás de informações sobre ela.


Olhei sua foto. Uma loira, com cara de quinze anos, e um texto postado em uma comunidade que falavam de doze guardiões que precisavam salvar o mundo do mal.

Ler ou não ler, eis a questão?


Não minto. A primeira vista acreditei que fosse apenas uma adolescente criando personagens sem um pingo de humanidade, sendo herois no maior estilo cavaleiros do zodiaco.

Não, não vou ler, foi minha primeira decisão.

Mas a loira com cara de adolescente continuou a me mandar comentários... então resolvi arriscar, muito mais como agradecimento pelos comentários do que por interesse na obra.


Qual foi minha supresa ao descobrir o improvavel após os primeiros capítulos. Que obra! Aliás, o que era aquilo? Como Luciane Rangel se atrevia a escrever algo tão magnífico? De onde ela havia tirado tanta imaginação? Tanto talento?

Descobri que a adolescente era, na verdade, uma mulher (um ano mais velha que eu, aliás!), que já escrevia a muito tempo, e que tinha o sonho de lançar aquele texto como livro. 

O resto da história vocês já devem imaginar: Guardians foi lançado pelo editora Lexia e se tornou um dos  maiores sucessos atuais da nossa literatura.

Merecido. Muito mais que merecido. Luciane Rangel hoje frequenta Bienais e já é um icone.

Mas, e Guardians
Bom, o livro parece juvenil. A capa (maravilhosa!) aos olhos brasileiros (que acham que tudo que é desenhado é para crianças) pode trazer uma ilusão de uma história mais imatura. Mas, se engana quem acredita que esse é o foco de Guardians.

O Livro é adulto. Não por cenas de sexo ou violência, mas porque é muito bem construido, e traz situações melhor compreendidas por quem já tem alguma idade.


Luciane tem um dom precioso, o dom de emocionar. Dentro desse contexto de doze jovens lutando contra o mal, encontramos casos de amor não tão perfeitos. Como lidar com duas mulheres que se apaixonam uma pela outra? Ou por duas pessoas tão opostas? Ou um amor não correspondido? Como reagir com um filho fruto de um estupro? Como saber a sensação de ser amado quando até mesmo seu pai o abandonou?

Os personagens tem problemas e defeitos que podemos encontrar facilmente em cada um de nós. De longe Live é minha personagem favorita. Não somente porque ela é a guardiã de Aquario (meu signo) mas porque eu já senti na pele muito do que a propria sentiu. 


Os temas polêmicos como homossexualidade ou violência sexual são tratados com uma delicadeza e docura tocantes, marcas da Lucy. Faço questão de frisar que, mesmo que você não aceite o homossexualismo, você vai ficar completamente sensibilizado pelo amor de Mic e Maire. 

Guardians é uma história de mestre, um trabalho unico e impar. O minimo que se espera é que uma trilogia como a de Luciane Rangel seja posta em escolas e bibliotecas publicas. Guardians não devia ficar restrito a um grupo afortunado de leitores. 
Mas, eu tenho esperanças que um dia o governo dará mais apoio aos novos autores. 

Recomendo Guardians, um dos melhores - se não o melhor - livro da nova literatura.

Josiane Veiga






quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Resenha - Impacto fulminante de Valentine Cirano


Acredito que um dos pontos fortes de um autor é saber aproveitar o momento – coisa essa que esta que vos escreve nunca foi muito boa em fazer. 

Estamos numa época em que vampiros que brilham e bruxinhos do bem são amados e idolatrados. Também estamos numa era em que Dan Brown é um dos maiores gênios da literatura (Sim, eu não sou fã de Dan Brown!*sendo metralhada*). Dentro desse contexto, acredito que Valentine Cirano, uma autora brasileira, conseguiu desenvolver sua obra. Quem gosta de Dan vai encontrar em Impacto Fulminante todos os nuances e clichês que fazem os leitores surtarem. 

Impacto Fulminante tem, primeiramente, o tempero certo para um bom livro de suspense. 

Já nas primeiras linhas, numa cena clássica, um artista plástico é assassinado. Todavia, deixa pistas complexas e símbolos estranhos no local do crime. O casal Susan e Richard (historiadores) e Andrew (amigo de faculdade de Suzan) são chamados para ajudar nas investigações, e então entram em uma teia de mistério e aventura.

O livro tem muita descrição (o que o torna um pouco lento em alguns momentos). Todavia, é bem estruturado. É nítida a dedicação da autora com a história. Não apenas nos relatos e segredos sobre a antiga Babilônia e épocas passadas, como também com Geografia, já que a Ordem é mundial, e eles precisam viajar bastante (e inclusive dão uma “passadinha” no Brasil).

Como todo livro, tem cenas que te “matam do coração”. A morte de um dos personagens que mais gostei foi um pouco... decepcionante pra mim. Lógico, entendi todo o contexto, mas a gente sempre fica triste quando gosta de um personagem e ele morre.

Aliás, os personagens são um caso a parte na obra. Todos, sem exceção, são bem descritos, mas Suzan e Richard são os que eu menos simpatizei. Não que eles não fossem tão bons quanto os coadjuvantes ou vilões, mas achei-os muito... egoístas. Suzan, aliás, em diversos momentos deu a impressão de ser uma “dondoca”, e Richard um fraco. Entretanto, isso não chega a ser um ponto negativo, pois devemos dar parabéns a um autor que consegue criar personagens humanos e defeituosos.

Admito que por não ser fã do gênero, o livro não tenha me despertado, mas acredito que possa ser mais chamativo para os fãs do Dan, já que é bastante parecido com as obras do autor norte-americano.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sorteios de meus livros pela rede

Olá amados (a)
Bom, como todas sabem, eu sempre faço algumas promos dos meus livros por aí, pros leitores que não podem adquirir ter a chance de ter um exemplar.

Nesse ano temos 3 promo rolando.

1º Sorteio de A INSIGNIA DE CLAYMOR no blog da autora Catalina Terrassa.


É um dos mais simples de ganhar. Não precisa preencher formulario, só seguir algumas regrinhas simples do post e comentar!

2º Sorteio de Redenção pelo blog da autora Rafaela Rocha

Esse precisa preencher formularios. Alias, quanto mais formularios preencher, mais chances tem de ganhar. Considero Redenção meu ápice como escritora, então torço muito para que quem levar o livro leia com o coração aberto e sem preconceitos.


3º Concurso Cultural valendo RENDIÇÃO, REDENÇÃO E A ROSA ENTRE ESPINHOS

Esse é pras Lovers (fãs de Ninomiya Kazunari e Ohno Satoshi), em quem, aliás, me inspirei pra criar dois dos personagens da minha saga Jishu.


Enfim, boa sorte a todos que desejam participar!







sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Resenha: O Soldado da Luz de Thiago Costa Santana





Sinopse: Uma ficção fantástica em meio a bruxos, magos e criaturas inimagináveis criadas pelo autor. O Soldado da Luz irá levar o novo leitor a um mundo totalmente fantástico, onde os bruxos dividiam o controle da Terra com os homens. 

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O Soldado da Luz de Thiago Costa Santana  
 
Certa vez li uma resenha, escrita, aliás, pela colega de profissão Maria Catalina Terrassa, que a literatura fantástica estavacada vez mais fraca. A nobre colega citava Harry Potter como o último livro escrito dentro do gênero como realmente bom. 

Admito, eu não concordei com a afirmação, pois havia lido Escapismo de Rafaela Rocha há poucos meses e ainda estava sobre o torpor da paixão por seus personagens. Além disso, eu detestei Harry Potter (prevejo tijolos sendo atirados contra minha pessoa). Bom, e completando, porque eu adoro o gênero fantasia (fã de Tolkien forever!).

Então, vamos fazer cálculos?
Fantasia + (outra coisa que amo) autores nacionais, = a: Josy feliz!

Oh sim, adoro autores nacionais. 

Especialmente aqueles pouco conhecidos. Por quê? Talvez porque eles me lembrem de autores que, ainda no anonimato, criavam historias perfeitas. Não sei... Mas muitas vezes a fama atrapalha o talento. Lógico, muitos mantiveram o talento, mas dos meus autores da adolescência que ainda escrevem, poucos mantiveram o nível.


E dentro desse ínterim e tentativa de resenha, eu me vejo lendo O SOLDADO DA LUZ de TC Santana. Um bom livro de fantasia. Leram direito? Um bom livro de fantasia nacional. 

Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de Elden, primeiro comandante do rei, e de Estriges, uma amiga de infância que o mesmo salvou da morte.

Já nas primeiras linhas do livro percebemos a mística da história. Estriges é uma bruxa da luz, escolhida de Deus, e Elden um soldado. Ambos tem a dificil missão de impedir a volta de um bruxo, que havia sido banido por violar um ritual. 

O livro traz referências medievais, tendo uma relação muito próxima com o clássico “O senhor dos Anéis”. Mas, o autor tem seu próprio estilo.

É uma leitura rápida, o e-book do livro possui 80 páginas, e as sequências são bastante intensas.
Uma das características mais intensas dos personagens do Thiago é a honra. Sim, a HONRA. Eu sei que é chover no molhado, mas fiquei impressionada com esse quesito tão bem destacado de Elden. Ele enfrenta todos os desafios porque acima de sua missão está sua honra.


Outra forte especialidade do autor é a narração em primeira pessoa. Raramente consegue-se narrar uma história sem torná-la enfadonha. 

O único ponto negativo que eu considerei não foi de enredo, e sim de correção. O autor usa excessos de acentuação. Exemplo, numa das cenas finais nós temos uma exclamação:

― Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”

Sim, ele colocou todos esses pontos de exclamação. No livro inteiro tem esses números em excesso, numa clara tentativa de destacar INTENSIDADE. Todavia, eu costumo fazer isso em fanfics, e não acho ruim, até gosto. Mas, para um livro impresso, acredito que o Thiago precisará “ficar de olho” mais vezes.

Em suma é: gostei. De verdade!
Acredito que é um livro que vale a pena ser lido e admirado.


Josiane Veiga



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Resenha - Por Trás do Véu - Esmie G. Branner


 Sinopse:
Era uma manhã ensolarada de sábado... o dia em que estava certa que morreria". Com essas palavras, Esmie Branner começa a narrar uma história intrigante cheia de milagres modernos que aprofundará sua fé em um Deus que ainda intervém para livrar Seus filhos da destruição. Por trás do véu é um relato pessoal das lutas, oposição e corajoso triunfo de uma jovem mulher cristã que se apegou à sua fé em Jesus Cristo a despeito do abuso físico e mental de um marido muçulmano. 




O livro não é ruim: É MUITO RUIM!
Bom, essa é uma historia auto biografica da tal de Esmie... e eu afirmo sem culpa ou dó: a Casa Publicadora americana tinha que sentir vergonha de ter impresso esse livro, e a CPB devia se esconder por ter traduzido. Que horror!

O livro não é ruim: É MUITO RUIM!

A tonta aqui foi levada pela capa. Meio feminista que sou, achei que o livro fosse um daqueles livros que a mulher tem coragem, força, etc..e luta por sua fé! Ledo engano!

Primeiro: a tal de Esmie (cristã), se apaixona por um muçulmano (isso nos EUA), os dois transam e ela engravida. E então eles se casam! O livro dá a entender o tempo todo que ela se culpou por causa da gravidez e nao do sexo antes do casamento. E a autora ainda fala que a sexualidade devia ser debatida na Igreja! E eu que pensava que igreja era lugar de discutir teologia! Já vi que vou ter que mudar meus conceitos! rsrsrs
Sinceramente? Vou na Igreja pra ouvir sobre a Biblia. Quem quer falar de outra coisa, que vá assistir AMOR E SEXO com a (linda!) Fernanda Lima.


Daí eles vao morar no Oriente Medio. Lá a doida é espancada pelo marido, tem um filho atras do outro e é proibida de ser cristã. Só então ela decide ser cristã de verdade.... e continua apanhando, etc...

Isso lá se vão umas 100 paginas sem CONTEUDO NENHUM a não ser ela se tratar como uma santa, martir cristã, sendo que ela estava no Oriente PORQUE QUIS... sendo que ela casou PORQUE QUIS... ETC....E lá pela pag 130 o marido arruma uma amante e a larga...E ao inves dela agradecer a Deus pq se livrou do traste, ela entra em desespero PORQUE AMA ELE!

(aqui vem uma pausa pois eu xinguei tanto a mulher com tantos palavroes que conhecia...e alguns que eu inventei)...

Então retomei o livro...
Após isso, ela tenta reconquistá-lo, mas ele não a quer mais... então ela volta pros EUA... e la conhece outro homem.. e se casa de novo! (Mas esse homem foi dado por Deus)...

FIM.


Sinceramente, como alguem nao tem vergonha de escrever uma historia dessas?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Resenha: Para Sempre Ana - Sergio Carmach

Sinopse - Para Sempre Ana - Sergio Carmach

Na mística Três Luzes, o leitor percorre inicialmente três momentos afastados no tempo, onde três homens, de três gerações da família Rigotti, experimentam situações-limite pela influência de uma mesma mulher: Ana. A partir daí, a narrativa o leva a uma instigante viagem, nem sempre linear, entre meados do século XX e o início do XXI, na qual os dramas, o passado, o verdadeiro caráter e os segredos de cada personagem são pouco a pouco desnudados. A trama é conduzida pela busca de Ana e pela busca por Ana, forasteira misteriosa que abala os triluzianos e cuja trajetória se funde à dos demais em uma história carregada de luzes e sombras. A busca de Ana arrebata as emoções; a busca por Ana arrebata os sentidos. E ambas surpreendem. Sempre que tudo parece esclarecido, detalhes antes considerados sem importância provocam uma reviravolta geral na história. Até o último capítulo. Descubra se os mais atordoantes segredos de Três Luzes estão mesmo nos céus ou no fundo da alma de seus moradores.




Já dizia Carlos Drummond de Andrade “Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”
Acredito que essa frase define exatamente o que senti lendo esse livro. 


Sérgio, o autor, entrou em contato comigo através do Skoob, convidando-me a participar de um projeto: Círculo de autores leitores.  Admito, assim que seu nome apareceu no meu Skoob, digitei o título do seu livro do Google procurando resenhas, e fui tentar definir se eu tinha, ou não, interesse em ler.


A primeira vista, Sérgio me lembrava dum autor apaixonante da minha adolescência, Érico Veríssimo. O que havia em comum? A forma de narrar histórias de cidades do interior, de uma maneira humana e sensível. 


Bom, sabendo o que as resenhas diziam, eu precisava ler realmente a obra, não?


O que aprendi? Nunca julgue um livro pela capa, e um autor por uma sinopse. Sérgio não era nem igual, nem parecido com Érico. Todavia, tinha algo que talvez o aproximasse do meu querido autor de Cruz Alta: a genialidade de contar uma história boa, sem máscaras ou eufemismos.


E é isso que Para sempre Ana é: uma boa história.


Para sempre Ana se passa num vilarejo pacato e sem grandes atrativos, Três Luzes, na qual vemos, num primeiro momento, duas classes distintas de pessoas compartilhando uma festa promovida pelo médico local: Um padre e um delegado antagônicos no quesito religiosidade, um casal de médicos que vive uma vida de aparências, uma velha professora que acredita viver no paraíso e um artista frustrado, impedido de viver sua arte.  Todos ali possuem seus segredos que o autor sabiamente vai desvendando conforme as páginas vão sendo viradas.


Todavia, à primeira vista, tudo normal.


Dentro desse ínterim é que Ana, a mulher que dá título ao livro, surge majestosa e roubando a cena. De cara, já notamos a importância que ela terá dentro do enredo da vida da família Rigotti. Amante, musa, mãe. Simplesmente Ana.


O personagem que mais se interliga com Ana é Carlos, com quem ela vive um grande amor. Este último, antes, tem um namoro com a futura professora local, e é apaixonado por ela, Cris. Entretanto, Ana surge (com um filho nos braços, Caio), exigindo que Carlos assuma a paternidade da criança em frente de toda a comunidade (e, assim sendo, em frente de Cris, a paixão do nosso “herói”).


Conforme a obra vai sendo desenvolvida, vamos notando que Ana mantém em suas mãos segredos que sequer posso mencionar, já que não é minha intenção estragar a surpresa do livro. Mesmo assim, é gritante o domínio que Sergio possui de toda a obra. Ele SABE realmente o que está se passando, não apenas com a mente, mas também com o sentimento de cada um dos seus personagens, que de tão comuns, são extremamente humanos. 


Ana, especialmente, me fascinou, intrigou, me fez torcer desesperadamente por um bom final para ela. Talvez porque eu visualizei-a o tempo todo como uma vítima da vida. Faltou, claramente, uma base sólida familiar para aquela menina não cair nas “armadilhas” da lábia do mundo. Ela foi má durante boa parte de sua existência? Sim, foi. Mas, foi boa também. Ou seja, ela foi humana, com todas as nuances que a humanidade exige.

E Cris, a suposta vilã? Admito que achei um pouco forçada essa tentativa de dar nuances de extrema maldade a moça, principalmente se considerarmos que ela foi, sim, a vítima. E nesse vítima, leia-se tudo. Cris representa muito mais o estereotipo da mulher brasileira, que não quer deixar-se enganar. Sinceramente, que idiota acreditaria em Carlos depois de tantas "provas"? Gostei da personagem, mas acho que seu final deveria ter sido mais... digno. 
Terminando o ciclo das personagens femininas (não vou citar as demais, mas cada uma teve um destaque merecido na obra), cito Claudia como a unica que me causou antipatia nata. Primeiro as perseguições a Ana, e depois o julgamento dos sentimentos da irmã. Enfim, não gostei dela COMO PERSONAGEM... mas claro, na história, Sérgio deu um show.
O final da obra deixa a cada um o direito de dedução...


É muito difícil resenhar esse livro sem deixar claro seus segredos. E o livro de Sérgio tem muitos. Alguns me surpreenderam, outros nem tanto. Mas, em suma é: QUE OBRA MAGNIFICA. Dá orgulho saber que algo tão bem feito vem de um autor nacional. 

Eu indico MESMO. É um verdadeiro clássico da nossa literatura.



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Josiane Veiga

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias - Vol. 1



Livro: O guia do mochileiro das galáxias – volume 1
Autor: Douglas Adams
Editora: Sextante
Sinopse: Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.


Desde que li a resenha da Suellen-san aqui fiquei curiosa sobre esse livro. Como não ficar? Eu adoro um sarcasmo, e uma história original, sem as mesmequices tão presentes em praticamente todos os livros de hoje.

Esperei o tempo necessario, e na primeira promoção do submarino que consegui, adquiri meu livrinho^^

Não decepcionou, muito pelo contrário.
Falar da ironia de
Douglas Adams ou do seu sarcasmo em relação a sociedade é chover no molhado. Todo leitor conhece ou já ouviu falar desse gênio sem papas. Mas, não foi somente as comparações das nossas futilidades do dia a dia ou o lado filosófico da obra que me encantou.

Foi Marvin, um androide tão paranoico quanto deprimido. Sinceramente, ele rouba a cena até do protagonista Arthur e do hilário
Zaphod Beeblebro. Quem nunca viu um Marvin na vida. Visualizei metade das minhas amigas em cenas inesqueciveis.

Enfim, isso realmente não é uma resenha, é mais uma indicação: LEIA SIM esse livro. Vale a pena, você vai devorá-lo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A lenda de Fausto - Samila Lages


Sinopse - A Lenda de Fausto - Samila Lages

Tudo começou porque os anjos caíram, e porque Ele já não mais os amava. E porque Eles queriam vingança, e por isso, aquele santo haveria de cair também.

Porque o Homem é vulnerável. Porque ele envelhece e enfraquece. Porque ele teme a morte e porque ele deseja.

Tudo.

Tudo ele quer, o ouro, o conhecimento e o prazer. Sim, o sublime prazer que acalenta a alma e faz arder a pele... E que faz cair, cair tão vertiginosamente...

Mas porque também ele ama. Ama profundamente e ama de verdade.

E talvez nisso, ele e aquele demônio se parecessem mais do que podiam imaginar.

E talvez isso valesse o preço de uma alma.




Resenha:

Aos poucos, o mundo Yaoi vai conseguindo expandir suas asas no Brasil. Sei da Blanxe (Monica Malheiros – Distúrbia), da Rafaela Rocha (Escapismo), eu com minha trilogia Jishu e, por fim, a incrível Samila Lages, com seu “A Lenda de Fausto”.

E é sobre este último livro que quero falar na resenha de hoje.

Esperei muito para lê-lo. A cada resenha que lia, a cada comentário de leitor apaixonado, meu desespero ia tomando proporções épicas. Eu amo Yaoi. E um Yaoi bem feito, então...

O pano de fundo é a famosa história lenda alemã tantas vezes contada e recontada por aí. Todavia, a Samila tem uma forma muito singular de relatar tal conto.

O demônio de sua história, Belial, tem a arrogância sempre por nós imaginada pelos seres das trevas, mas que também nutre uma desesperada (e mascarada!) necessidade pelo puro e pela doçura. A forma relatada por Samila a respeito da mágoa de tal ser por Deus é tocante e ao mesmo tempo angustiante. Podemos sentir os motivos de suas dores... e vemos em nós mesmos, por várias vezes, alguns daqueles fortes sentimentos nutridos pelo demônio.

Aí é que entra o grande diferencial. Quem nunca brigou com Deus é porque nunca teve um relacionamento com Ele!

A necessitada paixão que nutre e busca pelo puro e inocente, o faz cair nas garras de Fausto, um médico bom, que havia praticado o bem durante toda a sua vida.

Neste ínterim foi que descobri que A LENDA DE FAUSTO seria um livro inesquecível pra mim.

Pensem bem: um demônio argiloso, enganador de próprios anjos, com anos de experiência em manipular e desgraçar vidas, subitamente e inconscientemente se apaixona por alguém com o coração tão puro quanto um ser dos céus.

Por mais que Fausto tenha firmado um pacto com o demônio, o médico sempre se culpou por tal ato. Não era realmente sua vontade fazer isso. O que fê-lo tomar a decisão foi uma reação precipitada, quase um engano.

Todavia, com o tempo, o anjo caído Belial faz Fausto, aos poucos, cair em vários pecados... Não vou exemplificar, vocês devem realmente ler o livro. Vale – e muito – a pena. É aquela velha história do bem contra o mal, não somente na vida, mas dentro de cada um de nós.

Admito que quando comecei a ler, fiquei um tanto receosa. É complicado ler textos sobre demônios, mas a Samila tem uma maneira de narrar que nos maravilha. O trabalho de pesquisa dela é um espetáculo. Pude até mesmo me deslumbrar com a menção de meu anjo favorito (pois é, eu tenho um!): Uriel.

A Lenda de Fausto é, acima de tudo, uma história de amor. Carregada de sensualidade e polêmica, mas amor.

E esse amor em nenhum momento é condenável por Deus, afinal o próprio Deus é amor.

Aqui vem mais uma coisa que me tocou: Fausto, durante toda a sua vida foi um cara do bem, realmente um santo. Então, nos seus momentos finais ele acaba firmando aquele pacto... Deus o abandonaria por tal ato?

Confesso: o final do livro me trouxe lágrimas aos olhos. Apesar da visão negativa de Belial sobre a ação de Deus no final, eu considerei justa e misericordiosa. Perfeita.

Abençoada, com certeza.

Livro incrível, nota 10! Presença indispensável na estante de qualquer Yaoista.

Josiane Veiga