domingo, 25 de outubro de 2009

Maturidade Literária

Antes de começar esta postagem, eu gostaria de iniciar pedindo desculpas a todas as pessoas que estavam acompanhando a fic Paixão Proibida que eu iniciei e não concluí, e também uma fanfic que estou escrevendo inspirada na história da Josiane Veiga, A Insígnia de Claymor, que eu iniciei e também não conclui.

Gostaria realmente de me desculpar pela falta de respeito de minha parte com os leitores que estavam as acompanhando.

Sinto-me envergonhada por não tê-las terminado e isso me faz ficar triste. Por isso, informo que, em respeito aos leitores, voltei a trabalhar na conclusão dessas histórias e pretendo postá-las o mais depressa possível por uma única razão. Quero me redimir com vocês!

E é a partir desse ponto que surgiu inspiração para começar este Post.


Maturidade Literária.


Não sei se eu sou a pessoa mais indicada para tratar desse tema, mas como a inspiração me escolheu, simplesmente não posso ignorá-la. Então, se algumas de minhas palavras, ou todas elas, não forem do mesmo ponto de vista que vocês tem, peço-lhes desculpas antecipadamente. E peço também desculpas pelos erros de Português que possa cometer no decorrer deste texto.


Há alguns meses eu li no Nyah!Blog uma matéria muito interessante que falava sobre o futuro dos Ficwriters. Se havia a possibilidade deles se tornarem escritores no futuro. Antes dessa matéria ser escrita, eu tinha feito um projeto secreto de preparar uma série de artigos sobre esse assunto e postá-los aqui no Fic Lovers, mas, como era de se esperar, abandonei o projeto e nem sequer cheguei a escrever uma linha! Não me orgulho nem um pouquinho disso, mas essa postagem funciona para mim como um desabafo!!!

Eu escolhi o título "Maturidade Literária", simplesmente porque a carapuça me serviu... E MUITO!

Eu li alguns textos escritos aqui, textos que inspiraram e influenciaram este post, e posso dizer que depois disso, refleti sobre todas as dicas dadas, comparei-as com o meu comportamento falho como ficwriter e cheguei a conclusão que o mais importante para um ficwriter ter sucesso é:


Assumir a Responsabilidade!


Quando você se propõe a fazer um texto, você pode até pensar, como eu pensava, que aquela história é só sua, que você decide o destino dos personagens, suas personalidades e tipos físicos, o rumo que a história vai ter, enfim, toda parte criativa. Mas, à partir do momento que você a disponibiliza na rede, aquela narrativa ganha vida própria. E você percebe seus sinais vitais quando leitores começam a postar comentários sobre aquilo que você escreveu.

Então, ai está o batimento cardíaco da obra! Só se sabe que a obra é apreciada, quando leitores comentam sobre ela, essa é a verdadeira pulsação, a prova viva de que agora ela não é mais só sua, ela tem vida! Desse ponto em diante, você perde um texto e ganha uma cria, que você vai precisar cuidar e alimentar com muita dedicação para que ela se desenvolva.

Acho que é isso mesmo, não usei uma metáfora exagerada não, como eu temia!

Um texto é um trabalho. Quando se escreve com amor, dedicando o melhor de si para escrever algo bom e que possa agradar a você e aos seus fãs-leitores, aquilo automaticamente se torna um pedaço de você, uma cria, que te enche de orgulho, te envaidece e mexe com sua alto-estima.

Sim, mexe com sua alto-estima! Porque se você se dedicou ao seu máximo e os leitores estão comentando, certamente alguém gostou do seu trabalho! E se alguém gostou, fará elogios. É nesse momento, quando sua cria começa a chamar a atenção alheia, que ela começa a mexer com a sua alto-estima.

E depois de tanto trabalho recompensado, eis que ela surge... A ingrata, também conhecida por CRÍTICA.

Peraí, não posso ser pessimista justo agora, pois receber críticas é maravilhoso para o crescimento do ficwriter... Isso quando as críticas te ajudam a melhorar sua forma de escrever, de interagir com os fãs-leitores, de se expressar na sua história. Porque quando o objetivo delas e te denegrir ou denegrir a sua criação, é como se batessem num filho seu!

E isso definitivamente MEXE COM SUA ALTO-ESTIMA!!!

Nesse momento, você percebe a necessidade de se ter a Maturidade Literária, a necessidade de assumir total responsabilidade sobre o que foi escrito e o que você recebeu como feedback. Você acaba de receber os limões... O que você vai fazer com eles?

Vai deixar eles te azedarem, ou vai fazer uma limonada? Muitas pessoas desistem no primeiro obstáculo que enfrentam. Eu fui uma dessas pessoas, por isso resolvi escrever esse artigo. Eu nunca recebi uma crítica se quer e eu realmente sinto falta disso! Como vou saber onde melhorar se ninguém nunca me criticou? Ou eu estou postando em poucos sites, ou ninguém se interessou por ler minha fanfic!

Porém a principal crítica, que não foi uma crítica e sim um cobrança, veio como um puxão de orelha da Josi que me perguntou pelo msn a uns meses atrás: QUANDO É QUE VOCÊ VAI TERMINAR A SUAS FICS??

Eu fiquei tão envergonhada, porque eu sabia que não estava me dedicando ao máximo! Ali eu realmente notei que ela estava gostando de ler e que eu, de certa forma, a tinha decepcionado!

E isso entra no segundo assunto, quando lhe questionam sobre o tempo que se demora para postar um novo capítulo. Novamente eu repito: Quando se posta um texto na net ele deixa de ser seu e passa a ser de todos que o acompanham.

Funciona mais ou menos assim: Se você é a Mãe ou Pai da criatura, no mínimo os leitores são os padrinhos e madrinhas dela, porque vão querer saber como ela anda das pernas, se vai bem, se vai mal, quando ela vai reaparecer e ressurgir das cinzas, como a fênix dos Cavaleiros do Zodíaco! E ai aparece um monte de braço amigo pra te ajudar a betar a fic, pra te dar inspiração, ânimo pra escrever. Uma enfermaria lítero-inspiradora total! Eu acabei de inventar essa palavra!

E que bom que isso acontece! Quer prova mais contundente de que seu texto vai bem, obrigado?! Ele está sendo aguardado, esperado como o casamento da sua última tia solteirona de 40 anos! Disputado como o último docinho da festa!

Alguns ficwriters demoram por não assumir a responsabilidade de escrever para outras pessoas. Já outros ficwriters, estudam, trabalham, tem filhos, chefes, contas, responsabilidades, maridos, esposas, namorados e namoradas que sugam seu tempo livre, e ainda de quebra tem que trabalhar sob pressão em textos que deveriam ser uma válvula de escape para suas vidas aceleradas! Perdem até o direito de esperar a inspiração surgir ou de dedicarem mais tempo para comporem seus textos embasados em pesquisas de época!

Como se fosse Pouco, ainda enfrentam ferramentas de texto que não corrigem seus erros de português, plágios, roubos de fanfics, crises produtivas, stress, excesso de afazeres na vida pessoal, pessoas que dizem que escrever essas histórias é total perda de tempo, e mais uma infinidades de coisas!

E, é claro, você se pergunta se vale a pena todo o esforço.

Bom, eu sou o tipo de ficwriter que tem umas 17 fanfics iniciadas, ou mais, 2 estão postas incompletas na rede, e as únicas completas são as oneshot! Isso não é um número muito inspirador, não acham? Mas é justamente essa experiência que me capacita a provar que minha teoria é verdadeira.

Quando eu postei Paixão Proibida, eu não tinha noção de como seria o final dela. Na verdade eu iria jogá-la fora antes de postar, mas eu queria testá-la, ver o impacto que ela causaria. E me surpreendi! As pessoas gostaram dela, queriam ler mais, Porém... Eu a via como MINHA HISTÓRIA. Agradecia os comentários que recebia, mas não tinha gratidão por quem os escrevia, simplesmente porque eu via isso como uma brincadeira, que eu não tinha compromisso nenhum com ela e por isso poderia parar quando eu quisesse!

Entreter espectadores não é simplesmente uma brincadeira! E é isso que você faz com o público que te lê! Entretém

Quando você gera uma expectativa, as pessoas querem que você as satisfaça até o final. Se você inicia e para, você fica desacreditada e cada vez vai ficar mais difícil recomeçar, pois ninguém confiará que você irá até o fim. Nem perderam seu tempo lendo o que você escreve.

Por isso, eu respondo com minha experiência falha que SIM. VALE À PENA! Nada sem esforço é duradouro ou recompensador! E se você faz o que gosta, a recompensa é muito mais gostosa. Mesmo se estiver recomeçando mais uma vez o que havia parado!

Nunca é tarde para recomeçar! Quem dirá para continuar!

E pense bem: com as críticas destrutivas, você começa a aprender, mesmo na marra, mesmo engolindo sapos, a lidar com esse tipo de "marketing negativo", ou seria melhor dizer "marketing DESTRUTIVO" que você recebe e vai continuar recebendo sempre, pode ter certeza disso! Mas, cada vez menos elas irão afetar você, porque você vai evoluindo cada vez mais como escritora! Você ganha paciência com os fãs ansiosos e responsabilidade. Melhora seu português escrito, ganha conhecimento, fortalece as faculdades mentais, enriquece a memória, adquire o gosto pela leitura e escrita, passa a ler clássicos da literatura mundial para absorver novas formas de escrever e isso faz de você uma pessoa mais culta, pode até aumentar o seu salário se você souber canalizar isso para sua vida profissional, você aprende a fazer pesquisa histórica, tem a chance de aprender na prática e exercitar a nova gramática do português, além de fazer... Muitos... Amigos!

Diga você mesmo se não valeu à pena gastar todo o seu tempo livre nisso quando viu seu nome ser citado como melhor escritor do ano por um site de fanfics, ou quando sua fic virou fic-drama, ou quando você ganhou algum concurso?

Você ganhou o tão sonhado reconhecimento! E não se consegue isso se você não atingiu ainda a Maturidade Literária.

Se esforce, dê o primeiro passo, ASSUMA A RESPONSABILIDADE DE LEVAR A QUEM LÊ UM PEDACINHO DE VOCÊ!

E ai, quem sabe um dia, sua fic ganhe algumas folhas impressas e encadernação com capa dura, para depois ganhar a imaginação de pessoas do mundo inteiro que lerão seus versos simples que começaram na frente do computador, num blog pequeno!


Nós somos capazes de melhorar. Reúna suas forças, observe seus pontos a melhorar e siga em frente sem desistir, como eu vou tentar fazer!

Boa sorte pra você e sempre faça tudo valer à pena!


Deborah de Andrade.

sábado, 29 de agosto de 2009

Pesquise e Tenha Audácia

Pesquise e Tenha Audácia

Por Josiane Veiga

A arte jamais escandaliza, ela simplesmente deslumbra o seu observador.” Paulo Ferreira.



Existem situações da vida de qualquer autor que o marca profundamente. Seja aquela frase solta no texto, que talvez o leitor nem perceba - mas que tenha um significado poderoso na vida do escritor -, seja um comentário construtivo que o faça ver acima da própria linguagem... Enfim, situações que se fazem acontecer e que jamais se esquecem.

Como leitora, vivi nesta semana uma situação que, com certeza, me marcou. Havia chegado ao trabalho, liguei o computador, abri os emails e notei lá uma mensagem da Petit Ange (autora de fanfics), avisando-me de que havia criado um novo trabalho. Fui ao site onde a história foi postada e custei a acreditar no que meus olhos enxergavam. Petit resolveu usar seu maior vilão como protagonista de um novo trabalho. Este personagem em especial, um pedófilo, assassino, maníaco, etc, causou-me pesadelos durante sua passagem em “Bavarois”, e agora a autora nos apresentava a versão dele, adentrando em sua mente, num texto narrado em primeira pessoa.

Alguns podem chamar este tipo de trabalho de loucura, eu chamo de audácia.

Assim como Petit, eu também sinto a necessidade de fazer o diferente, fugir do clichê. Não me entendam mal... Eu adoro um clichê! Mais de 90% dos meus trabalhos são formados por clichês dos mais diferentes tipos, mas cheguei agora numa fase da vida em que o amor “cor de rosa” não me satisfaz mais. Preciso da realidade nua e crua estampada nos meus olhos. Se o personagem não for capaz de ser humano (errar, acertar, ofender, falar palavrão, chorar...), ele não mais parece real para mim, e sem a realidade, não consigo interagir com ele.

Durante minha adolescência, eu quis escandalizar nos meus textos. Entretanto, minha imaturidade não me deixava ver que, para chocar, eu precisava de conhecimento e realidade. Se você ler meus escritos mais antigos, verá, por exemplo, o tema “homossexualismo” de forma relapsa. Achava lindo falar de gays, que se amam e ponto. Hoje, escrevendo “Rendição” noto que a diferença se faz presente. O atual capítulo (que escrevi ontem) coloquei um dos personagens tentando contar para a mãe que ama outro homem. Ele não conseguiu... E sabe por quê? Porque ser gay no mundo não é fácil! Não é nada bom ser chamado de “viadinho, bichinha”, ser taxado de imoral, criticado por pessoas heteros, etc.

Realidade. É isso que está faltando na literatura do mundo fandom!

Muitos dos textos hoje, que tentam fazer um escândalo, acabam se tornando tão irreais que fazem rir ao invés de horrorizar.

Quer um exemplo?

Caro escritor/leitor: Não, adolescente grávida NÃO é legal, e também nenhum “príncipe lindo” com a cara do Robert Pattinson aceitaria numa boa que a namorada engravidou. Até porque, um bebê dá trabalho, acorda de madrugada, custa caro, etc... Se for tratar deste tema no seu texto, lembre-se de ser fidedigno!

Lendo alguns trabalhos postados no Nyah, percebo que a grande maioria dos autores quer inovar, falar de assuntos cotidianos, trazerem realidade. Isso é maravilhoso! Grandes autores são aqueles que escrevem de forma com que seus leitores consigam se identificar com os personagens a ponto de, mesmo em outra realidade, sentir os sentimentos da figura dramática, as emoções, vivenciar a cena e acreditar que poderiam agir da mesma forma se passassem pelas mesmas situações. O problema surge quando o assunto é desconhecido e a pessoa (autor) não se informa/pesquisa para escrevê-lo.

Iniciei este post falando de comentários que marcam. A “Insígnia de Claymor” é um dos meus trabalhos com maior número de comentários. Mesmo não concluída, ela já passou em comentários todos os meus outros fics acabados (aqui incluo o “Meu futuro é com você” e a “Rosa entre Espinhos”). Entretanto, o comentário que mais me marcou foi um de poucas linhas que dizia: “Não entendo o porquê de você demorar tanto pra postar capítulos novos.”. Não me entenda mal, caro leitor, por eu estar usando seu comentário para desenvolver este assunto, mas quero apenas exemplificar o motivo de porque fanfics precisam de tempo e dedicação.

Vou exemplificar:

Enfim, você escreve. Não importa sua idade, eu iniciei com 12 anos, portanto, você pode ter oito ou oitenta, você é escritor! Amador ou não, você gosta de escrever! Ponto final!

Partindo do princípio que você é um escritor – e, permita-me a liberdade, eu gosto de chamar de artista, pois creio que todo aquele que escreve desenvolve arte –, quer dizer que você tem criatividade o suficiente para criar uma história.

Então, agora você vai criar sua narração!

Maravilha! Já escolheu o tema? Mesmo que você ainda não tenha pensado em todos os capítulos, o plano de fundo principal é obrigação sua saber. Vamos dizer agora que você vai falar de “drogas”. Legal! Um tema bem pouco desenvolvido, que eu saiba. E o protagonista (homem ou mulher) é alguém normal que se envolve com o tráfico. Maravilha!

Fácil, né?

Lamento informar, mas agora você vai necessitar de informações não só sobre tráfico, uso de drogas, etc, mas também vai precisar ler sobre as conseqüências físicas e emocionais da dependência, talvez freqüentar até alguns sites de medicina, e, principalmente, ler testemunhos de drogados ou ex-drogados.

Mudou tudo, né?

Isso é a realidade!

Vou voltar a “Insígnia de Claymor” e ao comentário do meu leitor: Falar de Idade Média é fácil! É simples olhar alguns filmes e fazer os personagens usarem vestidões, roupas estranhas, espadas , etc... O complicado é fazer com que seus atos e ações se desenvolvam fiéis ao costumes da época. Difícil é passar uma noite de sábado lendo sobre tortura religiosa, porque a Idade Média é conhecida como época de escuridão, e eu não poderia simplesmente ignorar o tema, pois tudo que existia na época era controlado pelo Clero.

É costume meu, de vez em quando, criar esses mini-artigos, tentando passar alguma mensagem. A mensagem que quero passar dessa vez é: pesquise e tenha audácia! Seja ousado, mas faça isso com responsabilidade! Você só será um escritor respeitado se conseguir fazer com que as pessoas leiam seus textos e reflitam sobre eles. Para isso, precisa de conhecimento e emoção. Jamais imponha um pensamento, não importa se ele é o correto. Quem tem que escolher de que lado ficar é o leitor! Você apenas desenvolve a idéia. Mas desenvolva-a de forma consciente. Leitor não é bobo! Só o fato de uma pessoa ler o que você escreve (num país como o Brasil que todos fogem de livros), já é sinal de que este leitor merece respeito de sua parte. Para isso, dê o seu melhor. Estude muito o tema que você quer desenvolver para não deixar falhas, e então o escreva com todo o coração para que a pessoa do outro lado da tela, ao ler, emocione-se de verdade.

Bom... Era isso...

Abraços e até uma próxima.

terça-feira, 31 de março de 2009

Roubo de fic!

Amigos, eu não gostaria de usar o nosso espaço para contar uma coisa tão desagradável, mas acho que isso precisa ser dito, denunciado e divulgado.

Hoje pela manhã, navegando pelo Google, eu tive a infelicidade de encontrar tal link:

http://www.zelda.com.br/FanFic/viewstory.php?sid=2036&PHPSESSID=af50348dc837d0d34cde2d7b9f24f16f

Onde um fake denominado “Tyr” está publicando Guardians (uma história de autoria minha e ilustrada por minha amiga Shermmie-chan no blog:
http://www.fic-guardians.blogspot.com ) em seu nome.

É extremamente revoltante e desagradável para um autor que durante meses (ou anos) dá duro em um trabalho, gastando seu tempo livre e suas horas de sono, de repente ver uma pessoa simplesmente copiar o seu trabalho e publicar, como se seu fosse. Isso dói, e muito!

Isso é ROUBO. Não há outra palavra para definir tal ato. E, além de ser bastante anti-ético (um escritor de verdade jamais faria uma coisa dessas), também é CRIME! Mas, infelizmente, a pessoa que fez isso usa um nome fake e um e-mail falso. O máximo que podemos esperar é um pouco de consciência da parte dele, ou dos administradors do site para que tirem a fic e punam o autor do roubo.

Aos meus leitores e amigos que acompanham e respeitam o meu trabalho, eu peço a, quem puder, por favor divulguem isso e denunciem tal absurdo para a administração do site, pelo link: http://www.zelda.com.br/FanFic/contact.php?PHPSESSID=af50348dc837d0d34cde2d7b9f24f16f , pedindo para que tirem a história do ar. Quem puder, também, pode se registrar no site e deixar reviews na história, divulgando o roubo.

Agradeço a todos. Obrigada pela atenção e desculpem gastar nosso espaço com uma notícia tão chata.

Beijos a todos!


Luciane Rangel.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O poder de uma crítica

Por Luciane Rangel

Dispus-me a escrever sobre isso depois de ver (e sentir na pele também) o tanto de críticas destrutivas que rodeiam os escritores de fics. Nós, seres inferiores aos escritores “de verdade”. Por que inferiores? Porque não somos contratados por uma editora, não possuímos uma equipe de revisores gabaritados, não temos o foco da mídia e, o que sempre é importante ressaltar: não ganhamos nem um centavo pelo que fazemos.

Algumas pessoas são cruéis em seus comentários. E a grande maioria desconhece o fato de que todo escritor famoso (até esses já falecidos e eternamente lembrados por suas genialidades) tem/tiveram revisores para seus textos. Não conseguem entender, também, que um escritor é um contador de histórias, alguém que possui o dom das palavras. Mas não tem, necessariamente, que possuir a gramática perfeita. Mesmo porque não existe pessoa nesse mundo que seja perfeita.

Concordo que todo escritor precisa ter domínio de seu idioma. Não dá pra aturar histórias com excesso de erros grotescos de português. Mas existem vários fatores (além do óbvio: somos humanos e temos o direito de cometer erros de vez em quando) que precisam ser levados em consideração.

1º. Na maioria das vezes, nós trabalhamos com prazo. Um autor que respeita o seu público costuma estipular um intervalo aproximado entre as postagens dos capítulos.

2º. Trabalhamos com idéias contínuas. E estas não costumam esperar, estáticas, que a gente as escreva para surgirem novas. Geralmente um escritor, quando está criando, digita o mais rápido que consegue, para que as idéias não lhe “fujam” da mente. E a mente costuma ser muito mais rápida do que os dedos, e isso faz com que às vezes a gente cometa erros de digitação, troque palavras ou as escreva incompletas.

3º Junto ao fato anterior, quando terminamos de escrever, estamos com nossas vistas viciadas Por isso, pouco adianta ler o texto assim que terminar, porque os olhos passarão direto pelos erros (já que a história ainda está fresca na cabeça) e não vão identificá-lo. Isso ocorre com todo mundo que escreve qualquer coisa. Eu, por exemplo, preciso sempre esperar alguns dias para ler novamente o que escrevi. Só assim, consigo fazer uma revisão mais ou menos decente (ou nem tão decente assim, porque, apesar do tempo que passou, a história continua na mente de quem a criou). Só que, muitas vezes, nós não temos o tempo disponível para terminar de escrever e ainda esperar alguns dias para ler de novo e, só então, publicar.

4º Nós não ganhamos a vida escrevendo. O que quer dizer que temos nossos trabalhos e/ou estudos para ocupar nosso tempo e nossa mente. Fora isso, temos famílias, relacionamentos, vida social, problemas pra resolver, contas pra pagar, provas pra fazer, consultas médicas pra marcar, coisas pra comprar... Escrever, para nós, é um hobby. Uma válvula de escape, algo que fazemos porque nos faz bem. Mas nem sempre conseguimos esvaziar completamente a cabeça dos problemas do dia a dia...

E é nessas ocasiões que esquecemos da crase, que confundimos a regra do hífen, que trocamos os porquês, que escrevemos “haver” em vez de “a ver”, “sobre” em vez de “sob”, “mal” em vez de “mau”... E cometemos inúmeros outros errinhos que, sendo sinceros, não interferem na leitura de ninguém. Quem tem o privilégio de contar com um revisor terá esses probleminhas resolvidos. Quem não tem, infelizmente vai postar assim.

Um leitor-amigo que queira te ajudar vai chegar diretamente a você ou escrever-lhe um e-mail para te indicar os erros que você cometeu e te dar sugestões de como melhorar aquilo.

Um crítico-destrutivo (também conhecido como “ser metido a superior que não tem mais o que fazer da vida”) fará um comentário num local público e, sem a menor educação, vai dizer que seu português é uma “merda”, que você escreve mal... E, muitas vezes, será ainda mais cruel nas palavras.

Muitos autores talentosos, que têm tudo para ainda evoluírem muito em seu trabalhos, desistirão diante dessas críticas. Porque elas destroem sua auto-estima. Costumo dizer que uma crítica destrutiva pode matar um escritor promissor. E, infelizmente, já vi isso acontecer.

O português é prática e aprendizado. Está ao alcance de todos. O dom da escrita, ao contrário, não se aprende em livros. Muitas pessoas de português impecável não têm sensibilidade e talento para escreverem uma história (e geralmente, que irônico, são exatamente esses que mais criticam). Já quem tem o talento para a escrita, se levar isso a sério e praticar bastante, sempre buscando se aprimorar, fatalmente irá minimizar seus erros e melhorar sua ortografia. Afinal, o aprendizado de qualquer idioma (inclusive o nosso) se dá por meio da prática da escrita e da leitura.

Eu, por exemplo, sou uma escritora novata e reconheço que cometo muitos erros. Muitos mesmo! Mas sinto-me feliz ao pegar meus primeiros textos e ver o quanto eu errava muito mais do que hoje. Isso me faz perceber que venho evoluindo desde que comecei, e isso é gratificante. Graças a Deus, eu só consegui isso por nunca ter desistido. E isso foi, também, graças aos leitores maravilhosos que tive, e ao fato de sempre ter recebido muito mais críticas construtivas do que destrutivas.

Bem, por hoje, fico por aqui. Espero ter sido clara em minhas idéias.

Beijos a todos!

Lucy.

PS: Seria redundância pedir para que perdoem meus erros de português nesse texto? rs

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não Fuja dos Fanfics Polêmicos!

Ao contrário de muita gente, eu lembro exatamente do primeiro livro que eu li. Tinha 10 anos e nunca havia lido nada, até que fui de castigo para a biblioteca por causa de uma briga e, sem nada lá para fazer (era do tipo espoleta, elétrica), comecei a andar pelas prateleiras.

Num dos cantos estava a tão amada “Coleção Vagalume”. Meus dedos começaram a ir de livro em livro, observando as capas, até que caiu em minhas mãos (literalmente falando) “Sozinha no Mundo” do Marcos Rey. Li a sinopse... Encantei-me... Não esqueço a cara da bibliotecária quando fui até ela para retirar o livro e levar para casa. Eu tinha dez anos e, ao contrário das outras crianças, não aceitava a imposição para ler, portanto, estar ali, de frente a ela, querendo retirar um livro, era algo fora do comum.

À tarde, minha mãe tinha uma consulta médica. Ijuí, naquela época, era uma cidade minúscula, e, em frente à clínica, havia uma bela praça. Enquanto minha mãe consultava, eu fui sentar em um banco e comecei a ler. Eu devorei aquelas páginas! Realmente eu entrei na história, sofri e chorei com a protagonista, enfim... Foi minha primeira viagem sem sair do lugar.

Dois dias depois, após ter lido o livro umas três vezes, eu voltei a Biblioteca. Naquele dia levei pra casa “A caminho do Sul” da Odete de Barros Motta. E então voltei no tempo, na história dos imigrantes italianos. Foi mágico! Ler se transformou em minha droga preferida! Cresci num bairro pobre e enquanto muitos dos meus amigos usavam maconha, eu usava Érico Veríssimo. Quando saí da Escola Estadual Luis Fogliatto (que é apenas ensino fundamental), eu já havia lido TODOS os livros que existiam lá, até aquele momento. Foram quatro anos (dos dez aos catorze) em que eu lia praticamente um por dia.

Mais ou menos na mesma época, comecei a curtir animação japonesa. Na internet descobri os fanfics, que nada mais é do que textos escritos por fãs de determinadas séries de televisão. E um dia li meu primeiro Yaoi (com sexo selvagem), escrito pela escritora Sandy Youko.

Agora você imagine uma pré-adolescente lendo um texto onde seu personagem favorito transa com outro homem! Mas eu já era uma leitora voraz e, por mais que aquilo me chocasse (e como chocou! Eu cresci em Ijuí, cidade do interior gaúcho onde homossexualismo era tabu até entre os adultos, imagine então entre os jovens!), era impossível não perceber a magnitude do texto. E depois daquele fanfic, eu li outro, e outro... E muitos outros... Bons e ruins, chocantes ou não, minha primeira barreira foi derrubada, eu conseguia ler o que eu quisesse sem sentir preconceitos! E, então, comecei a escrever. Meu primeiro fanfic, “Chuvas de Sedução”, eu escrevi com doze anos. E falava de masturbação nele, apesar de que só a palavra já me deixasse encabulada, eu não senti medo de expô-la no meu primeiro conto.

Atualmente, Yaoi não choca mais ninguém. Com a modinha Naruto, têm meninas de dez anos que escrevem Sasuke e Naruto sem o menor pudor, portanto, as imagens pré-concebidas foram mudadas.

Se isso é bom ou ruim, não cabe a mim julgar. Eu iniciei cedo no mundo da escrita e isso não me transformou numa pessoa imoral. Hoje, meus textos (muito mais maduros) são heteros, mas eu agradeço a minha experiência nos mais variados tipos de escrita, pois, mesmo aqueles trabalhos não sendo bons, me deram a confiança que tenho hoje de escrever sem falsos pudores.

Mas afinal de contas, o que a Josi quer passar com este mini artigo? (Se é que se pode chamar de artigo!)

Quero dizer a todos: Nunca desvalorize um trabalho, ou o deixe de ler, por causa do gênero!

Na minha época, Yaoi era absurdo. Hoje sabemos que muitas daquelas obras, tão duramente criticadas, transformaram-se em ícones do estilo.

Você acha um absurdo M-preg? Isso é porque você nunca leu “A Gravidez de Vegeta ” da autora Pipe. Yuri é lixo? Você fala assim porque não faz parte dos seletos fãs de “Guardians” (futuro fic drama do site Pandora) onde duas personagens (Micaela e Maire) se apaixonam e acabam se tornando o xodó dos leitores. Você acha fanfics com monstros devoradores de gente, coisa de criança? Cara... Você diz isso porque não conhece “Seven Sisters” da Petit Angel (diga-se de passagem, meu fanfic favorito). E sexo grupal? Te dá nojo? Então experimente uma dose do impressionante “Marcas do Destino” das ficwiters Jade Toreador e Litha-chan. E as novatas? Causam-te arrepio? Existem a Deh da comunidade de Originais que escreve Hentais como escritora experiente, Vice-chan, que surgiu em 2007 e está arrasando com obras delicadas, e muitas outras...

Enfim, eu poderia passar horas aqui, citando milhões de fanfics, livros, autoras esplendidas, que fogem do estereótipo bonitinho, mas que são monstruosidades bem escritas e bem criativas. Não classifique um trabalho sem ler! Não julgue um autor sem o conhecer! Existem muitos fics por aí que arrasam, mas que não são lidos porque os leitores são preconceituosos com o assunto.

Peça sugestão de leitura aos seus amigos! Leia as indicações dos fóruns mesmo que aquilo não pareça seu estilo. Não “torça o nariz” diante de alguns estilos, porque você não sabe se no futuro não vai curtir.

Enfim, neste mundo só existe um jeito de crescer: é através das experiências! Viva e aproveite cada obra literária que puder! Acredite... Talvez um dia você se arrependa do que não leu, do que não viveu, do que não curtiu.

Josiane Veiga

Ficwrite há 12 anos, autora do polêmico “A Insígnia de Claymor”, escreve este artigo após ter delirado com a leitura da “Mulher dos Colters” da Maya Banks, livro não tão conhecido, porque a maioria das pessoas não tem coragem de ler por causa da sinopse.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Feliz ano novoo!!

Poxa vida, 2008 parece que nem acabou e já estamos em 2009 (?) Ò____ó

Primeiramente, FELIZ ANO NOVOOOOOOOOO!!!!!! XDD

Que 2009 seja um ano cheio de felicidades e muitas realizações para todo mundo!!! >=D

Peço desculpas por não ter atualizado o blog diariamente como eu havia prometido no orkut, mas recentemente eu passei por uma crise produtiva por causa de uma coisa muito triste que aconteceu perto da virada do ano. Por causa disso eu fiquei sem cabeça para fazer nada e acabei atrasando tudo aqui de novo! Mas isso já passou! O importante é que estou melhor agora, apesar de tudo.

Então... Eu começo dizendo que esse é o primeiro post de 2009!! O primeiro de muitos, isso se tiver leitores né! hahhahahahaha xDD

Sabem que eu estou começando a gostar dessa coisa de blog? Então tratem de ler... ò.ó

E comentar se possível... xDD

Ok...Ok... Esqueçam as ameaças e vamos ao que interessa! >=D


Bom... Eu resolvi fazer esse post por dois motivos!

O primeiro era para dar feliz ano novo pra todo mundo! ^^

O segundo é que eu estive pensando muito esses dias que eu não postei e acabei encontrando um assunto muito legal pra a gente poder falar aqui no blog. Só que eu estou pesquisando sobre o assunto, redigindo o texto, enfim... Ainda vai demorar um pouco para postar ela aqui no blog.

Mas o que eu quero fazer é, basicamente, desenvolver uma série de posts interligados um ao outro, como se fosse um almanaque, um projeto mesmo de alguns assuntos interligados um no outro.

E para isso acontecer eu preciso fazer mais pesquisas do que eu estou fazendo. xDD

Por isso eu peço que quem está acompanhando, tenha só um pouquinho de paciência, porque logo, logo, vocês terão uma matéria bem bacana pra ler, beleza! =D

Ahhh, queria agradecer a todos que comentaram nas outras matérias. O blog é novo, mas o pessoal já ta participando bem! Então... muito obrigada! ^^

E é isso gente... esperem que vem coisa boa por ai!

Mil beijos

Deh