segunda-feira, 28 de abril de 2014

O amor e a guerra - O andamento de Kinshi na Karada



Quem acompanha a minha página do facebook sabe o andamento do meu próximo romance histórico - Kinshi na Karada (O Corpo Proibido em português). Costumo postar semanalmente prévias sobre a história, deixando claro seu andamento e tentando atiçar o espírito curioso de quem lê minhas obras.

Mas,  essa semana, ao chegar finalmente no ano fundamental da guerra (e do livro), 1945, eu decidi colocar um andamento mais consistente, para que todos saibam exatamente que tipo de história vou entregar aos meus leitores a partir de agosto/setembro.

Até então, o livro já foi entregue aos leitores betas de meu fórum fechado (o OL), e já teve mais de 10 mil visualizações.

Já possuo mais de 1.500 comentários, e essas análises prévias são o que está me impulsionando a prosseguir no texto.






Até então, publicamente, ainda não larguei a sinopse, mas o texto tem como base a sociedade japonesa nos anos 40. Do orgulho referente a sua soberania até a vergonha e a humilhação da derrota, o caminho percorrido nos cinco primeiros anos da década dá um vislumbre rápido de como a vaidade pode destruir.

E cinco também é o número de protagonistas. Cinco jovens, homens, cada qual com um papel fundamental nessa incursão ao pensamento imperialista que dominava a todos.

O protagonista principal será Shiromiya. Levei algum tempo para decidir esse nome. Queria algo que representasse totalmente o personagem. O nome foi a junção de dois pensamentos.
O primeiro, Shiro, que ao contrário do que pensa a maioria, não quer dizer "4º filho" mas Branco. Esse "branco" vem de "Shiroi". A importância dessa palavra vem do fato de que esse personagem é uma vítima da humanidade desde a infância. Abusado por pedófilos, vendido por comida desde pequeno, na juventude se torna uma gueixa masculina, dançarino de um bordel, alguém que em troca de alguns trocados vende a imagem e ilude com sentimentos sensuais aos homens. 

Mas, mesmo assim, ele não deixa de ser "branco" ou puro. Ele permanece firme, forte, uma fortaleza perante o tsunami que é sua vida.
A segunda parte do nome, Miya, vem de duas vertentes: o significado em si da palavra - esperança, fortalece o pensamento de que não importa o que aconteça, o personagem não se deixa abater. Ele, forte, sempre permanece com aquela esperança fundamental de que um dia encontrará a tão buscada felicidade; e também é uma homenagem ao meu sempre ídolo Ninomiya.Costumo homenageá-lo nos meus textos, e nesse não seria diferente.

Shiro é o ponto de partida do texto. Ele é a base para o encontro com os demais quatro personagens.
Ainda não me sinto pronta para falar dos outros quatro, mas posso adiantar que são:
-Um cortesão, o dono do bordel que Shiro trabalha.
-Um comerciante, melhor amigo do dono do bordel e de...
-O sobrinho de Hirohito, um membro da família Imperial, dono de uma personalidade difícil mas verdadeira.
-Um sargento do exército Imperial, membro da unidade 731, responsável por experimentos humanos na China. 


O livro já passa das 1.000 páginas, então provavelmente vou lançá-lo em dois volumes. O primeiro, contando a história de 1940 a 1944, seria disponível a partir agosto/setembro. Porém, ainda não tenho certeza disso. Meu interesse era de postar a história completa, pois acho que ela ficaria bastante maculada dividida. Ainda é algo a se pensar.


Sobre os eventos históricos:
Levei muito tempo pesquisando, mas, como humana, posso vir a cometer erros. Porém, no máximo possível, o texto segue a linha de cronologia e veracidade. Tirando uma ou outra alteração necessária para o contexto da ficção, a maioria das datas e eventos realmente aconteceu. Nesse ínterim, os protagonistas se mesclam com pessoas reais. Hitler e Hirohito fazem parte do texto, assim sendo, tentei manter ao máximo a fidelidade referente a ambos, dentro do contexto apresentado na maioria dos livros e biografias escritas. Porém, como personalidades polêmicas que foram, é bastante plausível que, alguns leitores, ao lerem a obra, possam não concordar com a ótica apresentada pela autora. Diante disso, só me resta um leve aceno com a cabeça e um dar de ombros.

No geral, estou me preparando para as críticas que com certeza virão. Não sei se já estou pronta para elas, pois pirei com algumas colocações sobre minha "defesa ao imperialismo americano e injustiça ao imperialismo japonês" durante a obra, mas estou tentando me preparar, respirar fundo e continuar. Adianto que não tomei qualquer partido ou lado durante o texto, apenas apresentei fatos. Mocinhos ou vilões, quem decide é o leitor.

No mais, a disposição,
Josiane Veiga