sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Kinshi na Karada - Grátis na Amazon

Na Amazon - http://bit.ly/1oeCsnN
Adicione no Skoob - http://bit.ly/1rcmm1N



Japão, 2º Guerra Mundial.

Apesar do começo promissor, o exército japonês, um dos mais bem armados e fortes de sua época, viu-se acuado, pronto para a derrota. Na terra do Imperador, o medo parecia acompanhar, como um guardião, cada habitante do país. Nas ruas, a Kempeitai – Corpo de Soldados da Lei – impunha sua vontade com brutalidade e até a morte.

O Japão iniciava a década de 40 dividido entre a esperança e o medo dos dias vindouros.
Shiromiya Kazue cresceu nas ruas, órfão, acompanhado do irmão que o vendia a troco de arroz. Desde pequeno, sua aparência feminina contribuía para que o preço de sua carne fosse o bastante para que ambos pudessem sobreviver aos dias cruéis. Porém, num ambiente em que sobravam pessoas famintas e faltava dinheiro, ser jovem e bonito já não mais bastava. Foi assim que ele precisou se transformar em mulher.
Ryo era um poderoso comerciante, dono de uma frota de barcos pesqueiros. Viveu o período turbulento com relativa calma. Comprava a paz que necessitava, assim como o corpo daquelas com quem queria se deitar. Mas a vida ainda haveria de ensinar-lhe que, nem sempre, o coração de alguém está à venda e nem tudo é o que parece.

Kazue e Ryo se cruzam num momento difícil de suas vidas e não sabem o que fazer perante o que entre eles surge. Como Kazue, acostumado à dor e ao abuso, poderia entregar o coração a alguém que o via apenas como mercadoria? E como Ryo poderia amar um homem?
Kinshi na Karada pode ser traduzido como o Corpo Proibido para o português, e a história retrata a sociedade japonesa na primeira metade da década de 40.
A honra e a vergonha se cruzam, mostrando o que, de fato, existe em cada um de nós, humanos.

ATENÇÃO - Livro com conteúdo adulto.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Resenha - Transmutados: O Desconhecido

Quando Luisa Lima descobre que existe alguém que nasceu para pertencer a ela, não pensa duas vezes em fazer as malas e ir atrás do que parece ser o amor perfeito. 

Quando completa dezoito anos recebe um presente: o dom de ouvir os pensamentos alheios. Como se isso já não fosse o suficiente complicado, ainda descobre possuir a habilidade de se “desprender” do próprio corpo e mover-se a qualquer lugar, na velocidade da luz, apenas como energia, como espírito. Confusa com seus poderes, Luisa, tem a sorte de conhecer quatro jovens dispostos a explicar e a levá-la ao complicado mundo dos Transmutados. É quando descobre que todo Transmutado nasce predestinado a um parceiro ideal, e, quando isso acontece com Luisa, ela segue em busca de sua “alma-gêmea”, fechando os olhos e ignorando todos os perigos que esse relacionamento pode causar.


Skoob
Página no facebook 


O que a Josy achou?

Apesar do foco do livro ser o sobrenatural poder que envolve alguns jovens, o grande talento de Vanessa Tourinho em seu livro de estreia TRANSMUTADOS, O DESCONHECIDO, é conseguir captar a essência de um bom romance sem perder o ritmo acelerado de um livro de aventura.

Narrado em primeira pessoa, conhecemos Luisa, uma jovem brasileira como muitas, que rala para estudar e ter uma casa. Porém, com um diferencial: ela é órfã e cresceu em um orfanato. Assim sendo, não tem muita base para se segurar. Essa insegurança mesclada com garra acompanha a protagonista dentro de um mundo de descobertas incríveis, como um poder telepático, um grupo de “diferentes” modernos chamados de GoodPowers e, especialmente, a descoberta de sua alma gêmea.

Apesar do poder de Luisa ser-nos apresentado um tanto de repente, a autora fundamenta tal dom em lendas egípcias e gregas. Ao longo do livro somos expostos a elas, enquanto as pontas vão sendo preenchidas. 

Ter fundamento é um dos pontos altos do livro. Porém, para mim, o melhor é a humanização da protagonista nas mãos de Vanessa. Luisa, ora disposta a cruzar o oceano atrás da sua alma gêmea, mostrando-se uma guerreira corajosa, ora com medo de simplesmente abrir o coração para a melhor amiga, consegue ser querida em vários momentos, e insuportavelmente sem tato em outros. Por ex: na chegada a Londres, sua acidez com a Maya – que se dispôs a viajar com ela – atirando na outra o fato de que a companheira ainda não havia tido A VISÃO (como eles chamam o estado que fica a mulher transmutada que encontra sua alma gêmea), foi algo quase imperdoável. Porém, se me deixarem chutar, diria que Luisa é do signo de Aquário, porque, como aquariana, eu sei bem o que é não saber controlar a boca, rsrsrs.

“Olhe, não tenho culpa por ter sofrido a Visão tão rapidamente. Não foi uma escolha minha. Aconteceu, O.K? Não desconte em mim sua mágoa!” – Pag 69.

O ponto negativo do livro não é bem um ponto negativo, apenas algo que para mim, Josy, fica estranho: Quase metade da ala masculina do livro se interessou por Luisa. Sim, eu sei... eu mesma já escrevi coisas do tipo (como em A Insígnia de Claymor), mas, como é intrigante tal situação quando estamos do outro lado do livro, como leitores. Então, incomoda, até porque Luisa não demonstrou em nenhum momento ser do tipo arrebatador. Ao contrário, era quase cega aos sentimentos que nutria pela sua alma gêmea. Aliás, achei os pretendentes maravilhosos. Adorei o bom humor de Joe e a garra de Daniel. Em contrapartida, Chris é um porre. 

A protagonista esbanjou infantilidade várias vezes, recusando-se a ouvir a família, o clã, que em vários momentos só queriam protegê-la. Mesmo assim, ela conseguiu segurar o livro, dar ritmo a ele, foi essencial nos momentos oportunos. E, juro, torci demais para que ela ficasse com Daniel. Simplesmente, como ela não vê que a cumplicidade ao lado do primeiro amor é bem mais intensa que esse sentimento sem base com a dita alma gêmea?


“Doente de amor. Blá, eu sei que é brega dizer isso, mas era como eu me sentia. Droga de amor bandido!”, pag 97.

As reviravoltas do livro são um show a parte. Quem não perdeu o ar em descobrir sobre o elo entre Tamara e Chris? Deu para visualizar a cena inteira! Mas, o que acontece com Mille... isso sim... isso choca.

Vanessa Tourinho parece ser o tipo de autora que não demorará muito em levantar em seus livros questões femininas que atazanam nossas vidas há séculos. Então, todo amor vale a pena? Até que ponto devemos estar dispostos a lutarmos pelo nosso parceiro ideal? E será que existe mesmo predestinados? Existe futuro numa relação não construída, surgida do acaso?



sexta-feira, 25 de julho de 2014

O Trabalho da minha vida - Kinshi na Karada

Japão, 2º Guerra Mundial.


Apesar do começo promissor, o exército japonês, um dos mais bem armados e fortes de sua época, viu-se acuado, pronto para a derrota. Na terra do Imperador, o medo parecia acompanhar, como um guardião, cada habitante do país. Nas ruas, a Kempeitai – Corpo de Soldados da Lei – impunha sua vontade com brutalidade e até a morte.

O Japão iniciava a década de 40 dividido entre a esperança e o medo dos dias vindouros.

Shiromiya Kazue cresceu nas ruas, órfão, acompanhado do irmão que o vendia a troco de arroz. Desde pequeno, sua aparência feminina contribuía para que o preço de sua carne fosse o bastante para que ambos pudessem sobreviver aos dias cruéis. Porém, num ambiente em que sobravam pessoas famintas e faltava dinheiro, ser jovem e bonito já não mais bastava. Foi assim que ele precisou se transformar em mulher.

Ryo era um poderoso comerciante, dono de uma frota de barcos pesqueiros. Viveu o período turbulento com relativa calma. Comprava a paz que necessitava, assim como o corpo daquelas com quem queria se deitar. Mas a vida ainda haveria de ensinar-lhe que, nem sempre, o coração de alguém está à venda e nem tudo é o que parece.

Kazue e Ryo se cruzam num momento difícil de suas vidas e não sabem o que fazer perante o que entre eles surge. Como Kazue, acostumado à dor e ao abuso, poderia entregar o coração a alguém que o via apenas como mercadoria? E como Ryo poderia amar um homem?

Kinshi na Karada pode ser traduzido como o Corpo Proibido para o português, e a história retrata a sociedade japonesa na primeira metade da década de 40.
A honra e a vergonha se cruzam, mostrando o que, de fato, existe em cada um de nós, humanos.



Lançamento 01/08/2014 - 



SEMANA DE LANÇAMENTO DE KINSHI NA KARADA 
NOTA DA AUTORA:


Todo escritor tem um texto especial. Uma ideia louca, aquele projeto na mente, algo que fica planejando por anos, aguardando o momento em que se sente preparado para tal. E então o coloca no papel (ou não), sentindo como se aquele texto fosse à exposição de toda a sua alma.

Kinshi na Karada ou, em português, O Corpo Proibido, é o meu texto especial. Comecei a pensar nele há alguns anos, quando li um spin-off da Melissa Araújo sobre uma judia presa em um campo de concentração. Durante toda a minha vida sonhei em escrever sobre a Segunda Guerra, amo o tema, mas sempre colocava esse projeto no fundo da mente, e o abandonava lá.

Não me sentia preparada, essa era a verdade...

No entanto, quando terminei Remissão, e li algumas resenhas na internet sobre o quanto os personagens eram humanos, percebi que havia chegado à hora. Minhas criações já conseguiam ser visualizadas sem restrições pelos leitores. Havia alcançado aquele ponto que todo autor sonha, que é de ter um grupo de leitores tão fieis que qualquer coisa escrita é objeto de desejo.

Então, em setembro de 2013 eu comecei a dedilhar as primeiras linhas de Kinshi.

Provavelmente, o texto tem um pouco de tudo que já escrevi, mas espero que exista um amadurecimento desde a última criação.

É uma obra de ficção. Todos os personagens são criações minhas, tirando, claro, aqueles históricos que provavelmente povoam os livros de história do mundo todo. Destes, tentei ao máximo ser fiel à personalidade conhecida, como a discrição de Hirohito e o orgulho de Hitler. Contudo, no geral, tudo faz parte da minha mente. Portanto, é fato dizer que nunca existiu uma casa Ai, nem que o Imperador japonês tinha um sobrinho tão amado, ou, ao menos, se teve não é o meu querido anti-herói Shin. Mesmo assim, faço questão de informar isso na nota para algum leitor distraído que possa vir a ler meu trabalho.

Por mais que, como escritora, eu tenha me esforçado ao máximo em respeitar momentos históricos, é natural que um leitor mais atento encontre pequenos erros durante a leitura. Lamento por eles. Entretanto, apesar do máximo esforço que fiz nessa obra, posso vir a cometer erros como qualquer humana.
No geral, Kinshi na Karada é minha alma transformada em linhas, letras, frases e capítulos. Não há como me doar mais do que o fiz durante o processo de construção do livro. Foi mais de um ano inteiro sem falhar um único dia de escrever, reler, corrigir, reescrever, pesquisar, chorar e amar.
As páginas a seguir é a manifestação de todo ser.
Kinshi na Karada conta a história de cinco amigos na fatídica sociedade japonesa dos anos 40. Os anos de guerra, capazes de converter o orgulho em profunda vergonha, e a prosperidade em desolação, também são capazes de mudar planos e reverter vidas.
Meu querido protagonista, o – numa linguagem atual – travesti Shiromiya é uma clara demonstração disso. De uma criança abusada, abandonada a própria sorte, vítima do destino e da maldade, ele percorre um caminho ao longo da vida que o leva a vencer a tudo, inclusive a si mesmo. Ele é a capacidade que todo ser humano tem de superar seus medos.
O amor de Aiko e Shin. Diferente, talvez até irritável. Mas, amor. O amor capaz de superar até o maior dos pecados da época. O racismo sempre andou junto com a sociedade. E ele sempre conseguiu ser um dos pontos humanos mais detestáveis e repugnantes.
A compaixão de Jiro, o sargento, de monstro a humano. Como alguém pode perdoar a si mesmo depois de servir em um campo de concentração?
E, por fim, o vidente Ryo. Aquele que via a tudo, mas não enxergava a si mesmo.
Eis um texto criado para questionar. Espero que cumpra seu papel.

Josiane Biancon da Veiga
Julho de 2014.
 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O amor e a guerra - O andamento de Kinshi na Karada



Quem acompanha a minha página do facebook sabe o andamento do meu próximo romance histórico - Kinshi na Karada (O Corpo Proibido em português). Costumo postar semanalmente prévias sobre a história, deixando claro seu andamento e tentando atiçar o espírito curioso de quem lê minhas obras.

Mas,  essa semana, ao chegar finalmente no ano fundamental da guerra (e do livro), 1945, eu decidi colocar um andamento mais consistente, para que todos saibam exatamente que tipo de história vou entregar aos meus leitores a partir de agosto/setembro.

Até então, o livro já foi entregue aos leitores betas de meu fórum fechado (o OL), e já teve mais de 10 mil visualizações.

Já possuo mais de 1.500 comentários, e essas análises prévias são o que está me impulsionando a prosseguir no texto.






Até então, publicamente, ainda não larguei a sinopse, mas o texto tem como base a sociedade japonesa nos anos 40. Do orgulho referente a sua soberania até a vergonha e a humilhação da derrota, o caminho percorrido nos cinco primeiros anos da década dá um vislumbre rápido de como a vaidade pode destruir.

E cinco também é o número de protagonistas. Cinco jovens, homens, cada qual com um papel fundamental nessa incursão ao pensamento imperialista que dominava a todos.

O protagonista principal será Shiromiya. Levei algum tempo para decidir esse nome. Queria algo que representasse totalmente o personagem. O nome foi a junção de dois pensamentos.
O primeiro, Shiro, que ao contrário do que pensa a maioria, não quer dizer "4º filho" mas Branco. Esse "branco" vem de "Shiroi". A importância dessa palavra vem do fato de que esse personagem é uma vítima da humanidade desde a infância. Abusado por pedófilos, vendido por comida desde pequeno, na juventude se torna uma gueixa masculina, dançarino de um bordel, alguém que em troca de alguns trocados vende a imagem e ilude com sentimentos sensuais aos homens. 

Mas, mesmo assim, ele não deixa de ser "branco" ou puro. Ele permanece firme, forte, uma fortaleza perante o tsunami que é sua vida.
A segunda parte do nome, Miya, vem de duas vertentes: o significado em si da palavra - esperança, fortalece o pensamento de que não importa o que aconteça, o personagem não se deixa abater. Ele, forte, sempre permanece com aquela esperança fundamental de que um dia encontrará a tão buscada felicidade; e também é uma homenagem ao meu sempre ídolo Ninomiya.Costumo homenageá-lo nos meus textos, e nesse não seria diferente.

Shiro é o ponto de partida do texto. Ele é a base para o encontro com os demais quatro personagens.
Ainda não me sinto pronta para falar dos outros quatro, mas posso adiantar que são:
-Um cortesão, o dono do bordel que Shiro trabalha.
-Um comerciante, melhor amigo do dono do bordel e de...
-O sobrinho de Hirohito, um membro da família Imperial, dono de uma personalidade difícil mas verdadeira.
-Um sargento do exército Imperial, membro da unidade 731, responsável por experimentos humanos na China. 


O livro já passa das 1.000 páginas, então provavelmente vou lançá-lo em dois volumes. O primeiro, contando a história de 1940 a 1944, seria disponível a partir agosto/setembro. Porém, ainda não tenho certeza disso. Meu interesse era de postar a história completa, pois acho que ela ficaria bastante maculada dividida. Ainda é algo a se pensar.


Sobre os eventos históricos:
Levei muito tempo pesquisando, mas, como humana, posso vir a cometer erros. Porém, no máximo possível, o texto segue a linha de cronologia e veracidade. Tirando uma ou outra alteração necessária para o contexto da ficção, a maioria das datas e eventos realmente aconteceu. Nesse ínterim, os protagonistas se mesclam com pessoas reais. Hitler e Hirohito fazem parte do texto, assim sendo, tentei manter ao máximo a fidelidade referente a ambos, dentro do contexto apresentado na maioria dos livros e biografias escritas. Porém, como personalidades polêmicas que foram, é bastante plausível que, alguns leitores, ao lerem a obra, possam não concordar com a ótica apresentada pela autora. Diante disso, só me resta um leve aceno com a cabeça e um dar de ombros.

No geral, estou me preparando para as críticas que com certeza virão. Não sei se já estou pronta para elas, pois pirei com algumas colocações sobre minha "defesa ao imperialismo americano e injustiça ao imperialismo japonês" durante a obra, mas estou tentando me preparar, respirar fundo e continuar. Adianto que não tomei qualquer partido ou lado durante o texto, apenas apresentei fatos. Mocinhos ou vilões, quem decide é o leitor.

No mais, a disposição,
Josiane Veiga

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O Lorde da Torre - Grazie N. Ferraz


Sir Alex é um jovem artesão que amou o homem sagrado pelo Rei. Como castigo por tal ousadia, foi lançado em uma maldição cruel que privou-lhe não apenas de liberdade, mas também de todas as suas esperanças. Contudo, a distância e o tempo seriam mesmo capazes de separá-los? 

Um Conto de Fadas inspirado no poema A Senhora de Shallot de Lord Alfred Tennyson em 1842. 



A Autora
 
 Grazie N. Ferraz, paulista de Jundiaí – SP, trabalhou cerca de 8 anos como Professora de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino e em 2010 decidiu abandonar a profissão para começar a se dedicar a duas de suas maiores paixões: criar histórias e fazer arte.
O Lorde da Torre foi seu primeiro conto no gênero Yaoi (e também original) idealizado em 2008.





COMPRE 

SKOOB

E o que a Josy achou?

Essa semana estive demais! Três livros nacionais lidos e resenhados, hem? Na verdade, eu tinha por objetivo ler apenas o da Sheila e do Oscar, mas estava no facebook à tarde, e dai do nada me surge uma propaganda de um lançamento Yaoi. Olhei a capa, a sinopse, e me apaixonei a primeira vista. O LORDE DA TORRE tem tudo que me encanta na literatura: bem escrito, sem medo de polêmicas, e foge da mesmice insuportável que existe no mercado nacional.


O "Lorde da Torre", aquele que fora confinado à eternidade por ser o único a desafiar o rei! O Lorde que terá tudo o que necessita, salvo aquilo que ele mais deseja!"



Bom, diante disso, o que mais eu poderia fazer além de me entregar a essa obra? Costumo falar bastante mal da literatura nacional (não me arrependo, tem cada coisa... tem gente que só tem fama porque têm amiguinhos... porque de qualidade... ecaaaa), mas por sorte estão caindo tantas coisas interessantes em minhas mãos ultimamente. Gente sem medo de ousar, com capacidade de tocar, com inteligência pra criar... Enfim, sorte minha!

Ah, e isso a Grazie tem de sobra – coragem de ser diferente.

O LORDE DA TORRE tem um formato de conto, puxando muito para o estilo clichê dos contos de fadas. Mas, engana-se quem espera que a autora seja daquelas bobinhas, com um texto previsível e besta. Não, esse livro tem aquela pitada de provocação, de ousadia.

Já começa pelo casal. Sir Lex (Alex) ama o homem sagrado do Rei (Edwin). Um padre que, numa insinuação forte da autora, é obrigado a manter uma relação carnal com a majestade sem, no entanto, desejar tal coisa. Edwin ama Alex, e logo os dois partem para o finalmente. Porém, um romance destinado ao fracasso, já que além de serem homens, são proibidos de prosseguir nesse sentimento devido ao Rei, que deseja Edwin não só como amante, mas também como propriedade.

A crítica sutil é tão nítida e perfeita, que eu senti orgulho dessa autora ser alguém que já em sua primeira obra se dedica ao Yaoi (chupa sociedade!). Ora, Edwin sabia ser proibido de amar, mas ao mesmo tempo, em seu íntimo, entendia que Deus no céu não só aceitava seus sentimentos como abençoava sem amor.

O talento e a maturidade de Grazie, comparada com o que hoje existe no mercado, é tão superior que assusta. O romance de estreia dela demonstra que a autora já nasceu pronta. Agora é só brilhar.

“Inalava nelas o perfume de Edwin e extasiava-se apenas com um simples roçar de coxas. Sem querer, já estava estremecendo de comoção e desejava unicamente tocá-lo com a leveza merecida. Era inevitável o sorriso, o olhar perdido na face encantadora iluminada pelas chamas sibilantes.”

O texto, de uma delicadeza impar, tem apenas um defeito – ser curto demais. A maioria das pessoas devora aquelas quarenta páginas em minutos, sentindo aquela ânsia de mais. A boa notícia é que a autora vai prosseguir nessa caminhada. Vamos nos preparar mais para livros perfeitos   

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CABRA CEGA - Sheila Ribeiro Mendonça



Clara e Gustavo se conhecem em um clube de Curitiba quando ela estava pensando em viajar, antes de começar a faculdade, e então se apaixonam e casam. Assim, a vida de Clara muda rapidamente. A mudança é radical, pois Gustavo se revela um homem agressivo, ciumento, possessivo, violento, ardiloso e perspicaz, com isso transformando a vida dela numa constante surpresa e esconde-esconde. Não somente de comportamentos, como também de cidades. Com o intuito de não criar laços com ninguém e, principalmente, de não deixar que a família de Clara saiba onde ela está, você vai acompanhar Cabra Cega sem ter a certeza de até quando aquela cidade fará parte dos planos de Gustavo. Em Cabra Cega acompanhamos os escondidos.




O autor - Sheila Ribeiro Mendonça
Sou jornalista há 15 anos e justamente escolhi esta profissão por conta da minha enorme paixão pela escrita. Tudo desde de pequena me inspira, claro que com o passar dos anos fui evoluindo com as palavras e sensações. E foi assim que no início da idade adulta escrevi o meu primeiro romance. A escrita definitivamente é o ar que eu respiro. Algo que me move e muitas vezes é até maior do que eu mesma, assim fazendo com que em qualquer lugar e situação que eu me encontre pegue um papel e caneta e deixe a inspiração que chega fluir em palavras, sem a pretensão de transformar em um texto perfeito, apenas escrevo e sinto um enorme prazer com isso. Escrevo simplesmente com o coração e com a inspiração que Deus me dá. E foi assim que escrevi o meu primeiro romance na certeza de que sigo no caminho da arte de escrever.







E o que a Josy achou?



Já tinha algum tempo que eu queria ler Cabra Cega. Os motivos iam desde a simpatia que eu tenho pelos textos da autora (costumo ler as coisas que ela posta no face, no blog, etc) até a curiosidade pelo tema, pouco explorado aqui no Brasil.

Apesar de sermos um país com um número gigantesco de vítimas de violência domestica, são poucos os autores que se sentem capacitados para escrever sobre tal. Sheila demonstrar estar entre os autores que podem lidar com o tema.

Por si só Cabra Cega já é um livro polêmico. Mas, a forma como ele é narrado pode aumentar ainda mais isso. O livro não tem diálogos, apenas uma narração em terceira pessoa. Assusta, não é? Mas, garanto que consegue trazer proximidade entre o leitor e a – pobre – protagonista.

Gustavo e Clara eram um casal aparentemente normal, mas que mantinham algumas características estranhas, fazendo com que ambos se tornassem pessoas que despertavam certa curiosidade onde moravam. Trancada em casa, protegida por cortinas e proibida de falar com os vizinhos, Clara é uma jovem que sofre pela obsessão do marido, alguém que anda na corda bamba entre a psicopatia e a maldade. 

De cara, percebemos que dificilmente a mulher (a vítima) sabe onde está se metendo. Tanto na vida real quanto na história. Em Cabra Cega, o agressor era um estudante de medicina e frequentava um clube familiar. Ou seja, era acima de qualquer desconfiança/suspeita. Mas Sheila é clara em narrar que todo maluco tem algum ponto que se entrega. No caso de Gustavo, ele simplesmente não tinha amigos nem família. Mesmo no casamento, não havia ninguém “da parte dele”. 

“Ah” pensamos “se Clara tivesse percebido isso de cara, não teria passado por nenhum dos seus problemas”. Mas, tanto no livro quanto na vida, a maioria das mulheres não tem coragem ou capacidade de distinguir a encenação dos homens violentos. Tornam-se vitimas não só desses homens, mas também de si mesmas. Talvez pelo lado financeiro, ou pela dependência psicológica, o fato é que muitas mulheres sentem medo de morrer caso larguem os agressores ou sentem pavor de envelhecer sem um macho. Triste fim de quem se permite ser alienada pela sociedade que só da o valor para a mulher que tem um homem do lado. Mas, isso é discussão das grandes pra outro momento.

É meio chocante o fato de que a protagonista Clara é completamente submissa e covarde, sem voz de se levantar. Já li algumas resenhas de pessoas revoltadas com a Sheila, como se a autora fosse culpada pela apatia da personagem, sem saber que qualquer pesquisa sobre o tema prova que a maioria das mulheres vítima de namorados/maridos/companheiros são o retrato fiel de Clara. 

E culpar a família? É complicado se envolver. Isso me lembra duma história que a minha mãe conta de quando estava grávida de mim.

Aos sete meses de gravidez, a vizinha estava apanhando do marido, e minha mãe resolveu se meter. Ficou tão nervosa, que teve uma hemorragia e foi levada as pressas para o hospital.  Graças a Deus, não me perdeu (não estaria aqui resenhando kkk), mas ao voltar pra casa depois de uma temporada muito difícil no hospital, encontrou a vizinha e o marido aos beijos no portão. 

Isso prova o quê? Que Deus dá a vida pra cada um cuidar da sua. 

Quem armou a própria cama foi Clara. Ela fez todas as vontades do marido, submetendo-se a personalidade doentia. Mesmo nas vezes que a família (especialmente a irmã), fazia menção de se envolver e defendê-la, a personagem abria seus braços para a apatia, aceitando seu destino. Mesmo sendo um livro curto, a trajetória da história é a busca de Clara em, mais que lutar contra Gustavo, lutar contra si mesma.

Não vou dar spoilers, é imperdoável, mas gostei de saber que a personagem, até o final da obra, aprendeu seu valor.

Indico? Com certeza. É um bom livro de estreia o da Sheila, corajosa num país de mesmices.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Waverly Hills - Onde Reside o Mal


O sanatório de Waverly Hills é considerado um dos lugares mais assombrados das Américas e há anos guarda segredos que ainda não foram revelados. Um grupo de brasileiros decidiu ir até o Estado do Kentucky (EUA) e decifrar esses mistérios. Poderão eles descobrir os motivos de haver tanta maldade naquele lugar ou serão forçados somente a lutar por sua sobrevivência?


O Autor
Oscar Mendes Filho é paulistano. Possui oito obras publicadas através do Clube de Autores: Prisioneiro da Eternidade – RPG, Contos Para Nunca Esquecer, HANZ, JOSHUA, PRISIONEIRO DA ETERNIDADE, PRISIONEIRODA ETERNIDADE II - A Redenção, Contos Para Nunca Esquecer Vol. II e Waverly Hills - Onde Reside o Mal. Responsável pelo blog: Prisioneiro da Eternidade (www.prisioneirodaeternidade.blogspot.com) onde publica contos de sua autoria e algumas notícias acerca da Literatura Fantástica.                


SKOOB        
COMPRE



--------------
E O QUE A JOSY ACHOU?              


Bom, vamos lá: coloque a corajosa Josiane Veiga lendo um livro de terror e temos uma Josiane Veiga sem dormir a noite. Ah, claro, esqueci-me de mencionar o fato de que eu só assisto SuperNatural de dia, só leio Stephen King de dia, e que não vejo filmes de terror porque, apesar de obviamente eu não acreditar em espíritos, eu admito que posso estar errada. Então, coloque essa mesma Josiane lendo um livro de terror em que o fundo é o famoso sanatório que, ainda hoje, tem seu prédio considerado o mais assombrado da América, e aí sim teremos uma Josi que definitivamente vai passar a noite de sábado em claro.

Ahhhhhhhhhhh malditos livros bons que eu não resisto. Ainda mais do Oscar, que é famoso por ser um dos melhores do gênero aqui no Brasil.

Enfim, para entender a história é preciso conhecer um pouco sobre o sanatório Waverly Hills. Construído no inicio do século para abrigar doentes de tuberculose, ele foi palco de muitas mortes, suicídios e até experimentos com doentes terminais. Hoje ainda é palco de estudos de fenômenos paranormais e, dizem, que um filme gravado lá teve até efeitos como vozes aparecendo nos áudios, de forma que ninguém até hoje explica.

E esse foi o palco escolhido pelo Oscar Mendes Filho para seu excelente “Waverly Hills – Onde Reside o Mal”. O livro (curto, menos de 60 páginas), tem um ritmo acelerado, quase asfixiante, como aliás devem ser sempre livros desse gênero. Sua narrativa é como um documentário, e diversas vezes temos que nos lembrar que estamos lendo uma obra de ficção e não algo que realmente ocorreu.

Oscar começa a obra falando sobre uma expedição de brasileiros que vão até Waverly Hills para estudar os tais fenômenos. Narrado em terceira pessoa, mas alternando-se a primeira, quando o texto se foca em personagens distintos, através das falas que os médiuns fazem para um gravador (eles arquivam todos os momentos), podemos sentir com veracidade o medo que se experimenta num lugar daqueles.

Num dos momentos, a médium Samanta, que está no túnel da morte, narra:

“Posso sentir a fúria dos espíritos que viram seus corpos sendo empilhados para transporte e posso ver algumas pessoas gritando e chorando, desesperadas. Vejo, ainda, médicos e enfermeiras ainda trabalhando aqui como se ainda estivessem vivos.”


A experiência de Samanta, aliás, é de arrepiar. Juro que teve momentos que eu parei, fui lá pra sala, brinquei com a Minikui(uma das minhas gatas)... e depois voltei. A narrativa em primeira pessoa (quando ela narra pro gravador) parece dar uma agonia muito maior que o normal.

Todos os demais médiums e pesquisadores passam por situações horripilantes, enquanto o clímax vai aumentando, e então vem o desfecho, inimaginável.

Enfim, é um ótimo livro, uma história pesada, um prato cheio para amantes do gênero. Aliás, o terror no Brasil é muito pouco explorado, e acho que Oscar tem um grande caminho ^^ Sei que ele está colocando seus livros da Amazon, adicionem a obra no skoob e quando sair na Amazon, não deixem de conferir.