domingo, 19 de agosto de 2012

2° Edição de A Insígnia de Claymor - PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO ATE DIA 22!

Muitos já haviam me pedido, e eu esperei chegar as férias para poder trabalhar nesse projeto. Enfim, essa é a edição final de A Insígnia de Claymor. Usei nela os comentários e conselhos de escritores, editores, blogueiros, enfim... dei tudo de mim para entregar um bom trabalho.
Estava em dúvida em relação a capa. A capa anterior agora virou contracapa, e essa edição me apresentou dois excelentes capistas que me sugeriram dois projetos diferentes. Optei pelo segundo, de um rapaz americano chamado Billy.
Desde o inicio eu deseja algo com sangue e cruz. Todo o livro é uma narrativa em cima da inquisição e da hipocrisia religiosa. Portanto, nada mais natural de que uma cruz envolta em sangue.

Com esse projeto finalizado, agora me dedicarei integralmente a Remissão.

Aproveitem o preço promocional:

De R$ 43.52 por:
R$ 37,49 

SO ATÉ O DIA 22



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Resenha: EU – de Ricky Martin

Admito que a primeira vez que soube que Ricky Martin havia escrito uma obra autobiográfica, fiz cara feia. O que um cantor popular saberia sobre literatura? Bom, sou uma pessoa preconceituosa. Já torci o nariz várias vezes para vários autores. Contudo, alguns me fizeram dar a mão a palmatoria. Ricky Martin me fez dar o corpo inteiro.


O livro narrado em primeira pessoa, nos seus primeiros capítulos parece um tanto vago. A explicação inicial do autor que “respeitaria a privacidade dos envolvidos, e não citaria nome ou usaria nomes fictícios” foi um balde de água fria em mim. 

Porém, admito: gosto de Ricky Martin. Sempre gostei de sua forma espontânea e bela de se portar. Acho-o um artista completo, e nisso nem preciso frisar que ele é uma delicia aos olhos. E foi por admirá-lo que continuei a ler. Que bom que insisti. O livro não merece a nota “2” que dei no meu histórico de leitura do Skoob ao terminar os primeiros capítulos.

O livro é bom. 

Foi fantástico conhecer o homem por trás do astro. Ricky não teve medo de se expor, expor sua humanidade, falar de assuntos que muito esconderiam. 

“Passei alguns anos agindo como o típico macho alpha, um total conquistador.”


O homem que hoje se assume gay, admite que teve muitas mulheres. No livro, ele narra sua primeira experiência significativa com uma mulher, a qual assume que teve forte conexão. Porém, era jovem e imaturo, e logo se envolveu com outra, casada. 

Essas duas mulheres foram pessoas que o marcaram, que balançaram sua alma, mas ele não as amou...  

Seu primeiro amor foi um homem.

Sim. 

Ricky amou um homem, em primeiro lugar. 

Antes de se envolver com elas e ele (nomes não citados), ele teve vários relacionamentos com toda sorte de pessoas, velhas, novas, homens, mulheres, casados, solteiras, divorciados, e etc. Mas, claramente a primeira pessoa que ele amou foi um cara.

As cenas românticas, que iam do primeiro encontro – amor a primeira vista – as musicas dedicadas de forma enigmática e com códigos, me comoveram. Não sei quem foi esse homem, mas acho uma pena que ele não tenha aceitado a proposta de Ricky “Fugir e deixar tudo para trás para viverem juntos na Europa, Asia... qualquer lugar”.

Para Ricky “nada mais importava”. De forma impulsiva, ele estava pronto para assumir sua homossexualidade – friso que estamos falando do começo da década de 90, onde o preconceito era pior que hoje – para viver esse amor. 

A relação durou um certo tempo, mas foi quando terminou, que Ricky se assumiu pela primeira vez – para a mãe.

Outra surpresa foi descobrir que Ricky quase se tornou evangélico. Na época, ansioso por esquecer sua condição sexual – vale lembrar que ele sofreu tanto pelo fim do relacionamento que pensou que fosse um castigo divino – que encontrou um grupo que lê a Bíblia.

Apaixonou-se imediatamente por Jesus. Ora, isso é muito fácil de acontecer. Eu também me apaixonei, quando O Conheci. O problema do cristianismo é um só: os cristãos. Assim que ele passou da primeira fase do amor, foi bombardeado com “Se você for X vai arder no inferno”. Assim como eu, RM conhece muito gays, agnósticos, ateus, etc. E assim começaram os questionamentos.
RM descobriu que qualquer um que questiona os preceitos religiosos se torna um cão lazarento. Isso foi nos EUA, mas podia ser no Brasil, na Arábia, no Japão. Não importa. O próprio Jesus, quando começou a questionar os fariseus foi morto. O que nos salva hoje é que matar é crime. Só isso.

“Eles me atacam, mas me amam; eles me aceitam, mas me excluem”. 

Isso RM escreveu na página 104 de seu livro, mas podia muito bem ter sido escrito por um médico em uma comunidade do Orkut (...). Ou seja, ou se abaixa a cabeça para preceitos “Paulianos”, ou se é “morto” em qualquer sentido – do literal ao figurado.

EU é um livro que viaja pela alma desse fantástico artista. Do filantropo ao pai, do homem caliente ao romântico que tudo que queria era viver seu amor... EU é uma biografia bonita, humana e cheia de espiritualidade.
Recomendadíssima! 

NOTA 10!!!