A Profecia de Hedhen
Saga Os Tronos da Luz - Livro 1
Sinopse: Os Tronos eram forças que reinavam nos dias antigos com o título de
“Luminares”, e através deles, a luz era derramada por todos os povos,
espalhando sua sabedoria, justiça e paz. Mas as trevas, infelizmente,
começaram a entrar naquele mundo e corromper os corações. Os Tronos
foram enfraquecendo, e para manter a esperança eles criaram a Profecia,
antes que sua luz fosse apagada de vez. A Profecia falava do retorno dos
Tronos em dias futuros, onde este já seria dominado pelas trevas. Os
três sinais dos “Luminares” estariam marcados nos corpos daqueles
destinados a receber essa luz ancestral e poderosa. Dos três, um deveria
assegurar o cumprimento dessa Profecia, sem se importar com as
conseqüências; o outro deveria sacrificar a própria vida em troca da
vitória; apenas um permaneceria oculto para sua própria segurança, pois
em suas mãos repousaria o Cetro de Luz, símbolo dos antigos Tronos.
Será que essas três pessoas, portadoras dos poderosos sinais, teriam
forças para lutar contra o mal e trazer de volta a sabedoria, justiça e
paz dos dias antigos?
A Autora
Ana Cristina Lacerda Aguiar nasceu em Fortaleza, no estado do Ceará, no
dia 29 de junho de 1969. Cursou quatro anos de Teologia pelo STP
(Seminário Teológico Peniel), e é licenciada em História pela UVA
(Universidade do Vale do Acaraú). Atualmente trabalha como professora de
História e Geografia no Centro Educacional MFQ. É também uma das
idealizadoras do Projeto Pátio Artes, que visa integrar comunidades
pobres no contato com qualquer tipo de arte. Entre os seus hobbys estão a
paixão pela leitura, o cinema, a dança e o vídeo game, que ela adora
compartilhar com as filhas. Atualmente reside em Fortaleza com as filhas
Sara e Rebecca, e com os pais Airton e Ivete.
Cristina Aguiar escreve desde criança. Suas primeiras tentativas consistiam em tentar recriar diálogos de filmes que gostava. Depois, passou a criar histórias próprias tentando dar continuidade a esses filmes. Aos dezessete anos já se aventurava a fazer esboços na procura de uma história ideal. Acumulou vários cadernos com fragmentos de textos que nunca foram para frente. Viajantes foi o primeiro livro que conseguiu terminar, mas acabou encostando-o na gaveta, apesar da opinião favorável daqueles que o leram. Aconteceu o mesmo com A Tenda Peregrina, um romance juvenil sobre um grupo de jovens arqueólogos que parte em busca de um artefato bíblico. Quanto ao livro A Profecia de Hedhen, foi um sonho realizado. Ele é a soma de várias experiências que deram certo e o início de uma saga cujo terceiro volume já está sendo escrito.
Cristina Aguiar escreve desde criança. Suas primeiras tentativas consistiam em tentar recriar diálogos de filmes que gostava. Depois, passou a criar histórias próprias tentando dar continuidade a esses filmes. Aos dezessete anos já se aventurava a fazer esboços na procura de uma história ideal. Acumulou vários cadernos com fragmentos de textos que nunca foram para frente. Viajantes foi o primeiro livro que conseguiu terminar, mas acabou encostando-o na gaveta, apesar da opinião favorável daqueles que o leram. Aconteceu o mesmo com A Tenda Peregrina, um romance juvenil sobre um grupo de jovens arqueólogos que parte em busca de um artefato bíblico. Quanto ao livro A Profecia de Hedhen, foi um sonho realizado. Ele é a soma de várias experiências que deram certo e o início de uma saga cujo terceiro volume já está sendo escrito.
E O QUE A JOSY ACHOU?
Num país onde a
literatura nacional é recheada de personagens femininas fracas, sem pulso, sem
coragem e impetuosidade, onde personagens masculinos mesquinhos e carrascos são
idolatrados como exemplo de masculinidade, aonde enredos chegam a nos causar
sono, onde autores se inspiram em modinhas ao invés de clássicos, eis que surge
um livro de capa impecável, de diagramação deslumbrante e de uma história de
tirar o fôlego.
Prepare-se: A Profecia
de Hedhen de Cristina Aguiar vai mudar sua visão sobre literatura nacional.
A história, mesmo que
extraordinária, não tem como fundo algo muito diferente de outras histórias de
literatura fantástica: Um mundo criado pela autora, onde o mal domina e tudo
está envolto em trevas. O que faz a diferença no texto de Cristina é a forma
como isso é narrado. Uma antiga profecia fala de três nascimentos onde um Rei,
uma Herdeira, e uma Guardiã, irão trazer novamente a luz. Ocultando o rei por
algum tempo (apesar de eu ter percebido quem é ele nas primeiras linhas), a
autora logo nos traz Deborah (filha da antiga Rainha morta durante o parto), e
Jael (neta de um ferreiro), como a Herdeira e a Guardiã. Assim que nascem,
Hilda, a profetiza, as leva para uma terra de rebeldes, onde elas crescem se
preparando para assumir o posto que lhes pertençam. De tal modo que chegam à
idade adulta, tanto Deborah quanto Jael partem em busca de seus exércitos, a
fim de unirem forças na batalha final.
Porém, antes mesmo
dessas cenas acontecerem, ainda na terra dos rebeldes, elas já enfrentam uma
batalha contra o filho da atual Rainha, que descobre que a Herdeira nasceu, já
é adulta, e é uma forte guerreira (tão forte que o derrotou no campo de
batalha). Nessa cena, que transcorre logo nos primeiros capítulos, já dá pra
notar a mão da autora em cenas de lutas e guerras. Muito bem descrito, uma
narrativa impecável e rápida.
É inegável que Cristina
Aguiar teve a influência de autores como Tokien, C. S. Lewis e Marion Z.
Bradley. Dos dois primeiros autores Cristina captou a importância da narrativa
clássica, e das descrições impecáveis. De Marion, veio a capacidade de criar
personagens femininas fortes e honradas. Mesmo com a tarefa diante de si, tanto
Jael quanto Deborah, apesar de humanas e, consequentemente, tendo defeitos,
permanecem com a postura inalterada diante da seriedade da missão que as
aguarda.
Jael é impetuosa como
uma égua selvagem, não tem lá muito bom senso, mas no desenrolar das páginas
aprende a dominar a si mesma. E Deborah lembra bastante outra personagem de uma
autora nacional (Luciane Rangel), chamada Maire, pois ambas conseguem ser
fortes e aguerridas, e ainda assim são mulheres, com suas próprias
fragilidades.
Porém, o que realmente
me surpreendeu foi a construção de Hedhen, o mundo de Cristina. Assim como C.
S. Lewis, percebo que ela captou muitas coisas da Bíblia, usando com sabedoria
passagens que podem trazer mensagens profundas. A máscara da religiosidade,
mesmo dos bons, é muito bem explorada por Cristina. Ora, tem o povo adorador do
Pai Criador o direito de cortar a mão de alguém que rouba porque tem fome?
Sendo que esse mesmo que tem fome só a tem porque os bons não lhe dão trabalho
por ser estrangeiro? E tem os bons o direito de agredir uma mulher amazona (do
exército inimigo), apenas por causa de sua armadura negra? Ou merece um homem
de passado obscuro o direito de ser perdoado e lutar pelo lado certo.
Mesmo a decisão
romântica de Deborah não veio sem antes confrontar-se com a profecia.
Lembrei-me de um discurso religioso que ouvi certa vez, onde o orador dizia que
devíamos perguntar a Deus, sempre, quando namoramos, se aquela pessoa é a certa
para nós.
A literatura de
Cristina Aguiar não é fácil. Talvez, muitos leitores sem bagagem se veem
perdidos diante dos questionamentos que uma obra com tanta profundidade possa
trazer, mas é um pecado dizer que não devem lê-la. Cristina faz parte do núcleo
dos bons autores nacionais e deve sim ser lida, principalmente em escolas. Talvez
esse tipo de literatura, cheia de mensagens e interpretações, possa trazer um
pouco mais de sabedoria a uma educação que naufraga a olhos vistos.
Minha nota, de 1 a 5
é........4.
Por que diante de tudo
que disse, minha nota não é máxima?
Em minha opinião, houve
um pequeno “porém” no livro. Atalia, a rainha má da história.
Cristina tem um grande
enredo, uma grande história, uma técnica admirável, personagens bem construídos
e criatividade pra dar e vender. Porém, não tem vilã. Nas poucas linhas
citadas, não dá pra visualizar Atalia. Ela é má, cruel, desumana ao ponto de
mandar sacrificar crianças, e perseguir e cegar a própria sobrinha. No entanto, não
sabemos os porquês, nem o que carrega em sua alma. Não falo dos outros vilões,
eles não me trazem interesse, mas simplesmente fiquei esperando por um capítulo
sobre Atalia que não veio.
A história só tem um
lado. Só o lado de Deborah e Jael. Simplesmente Atalia é narrada como um
monstro, mas não existe justificativa para tal. Assim como na história da
Igreja cristã através dos tempos, apenas quem adora o Deus-Pai têm direitos,
podendo avassalar tudo em nome do seu deus? Qualquer outro adorador de outro
deus é errado e tem que ser destruído?
Na verdade, fiel a
forma “torkiana” de narrar, Cristina desempenhou seu papel. Mas, eu sempre
pensei como o autor Kiril Yeskov (autor do livro O Ultimo Anel, que mostra o
outro lado da história de Tolkien), onde todas as guerras têm dois lados, e ambos
os lados tem suas razões e loucuras.
Enfim, pano pra manga,
não? E somente livros bons de verdade causam isso, causam essas discussões infinitas
e interpretações variáveis.
Não deixe de conhecer a
obra.
3 comentários:
Josy,
Excelente comentário, sem elogios gratuitos e pieguice que muita vezes acompanha os prefácios de alguns livros.Com a característica de mostrar os dois lados. Fiquei curioso para ler. Já foi lançado? E a pergunta importante, tem versão digital?
Olá, o livro está a venda em versão digital na Amazon, assim como a sequência dele.
http://www.amazon.com.br/Profecia-Hedhen-Tronos-Luz-ebook/dp/B00FG6KZOY/ref=pd_rhf_dp_p_t_1_ZJNM
Comprei os dois. Agora é partir para o abraço...
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