Título: Jiyuu na Karada
Subtítulo: O Corpo Liberto
Sinopse:
Japão, 1950.
O amor se apaga com o tempo?
Ele era um guerreiro.
O jovem homem Shiromiya Kazue jamais lutou com
armas, mas saiu da guerra que destruiu seu país fortalecido pela dor. Corajoso,
ele reconstruiu sua vida, formou uma família, e conquistou o respeito e a
confiança de todos da pequena cidade que vivia. Contudo, ainda sofria pelo
passado, ainda amava a quem devia odiar...
Ele era um derrotado.
O comerciante Ryo Satoshi conquistou o respeito dos
aliados ao final da II Guerra Mundial. Sagaz, tornou-se um popular membro do
comércio internacional, expandindo sua fortuna e seu poder. Porém, vítima dos
próprios erros do passado, ele caminhava pelo seu presente sem sentir o sabor
da vida. Podia ter tudo que desejava, porém, a única coisa que realmente queria
estava fora de seu alcance...
Em 1950, o Japão estará reconstruindo mais do que
suas estruturas. Um país retornando do caos, progredindo em direção ao futuro.
E nesse cenário, os protagonistas de Kinshi na Karada se reencontram. O que
restou de seus intensos sentimentos?
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É quase cômico que, antes de iniciar as primeiras linhas de
Kinshi na Karada, ainda durante o estudo e pesquisa da obra, eu pensei: “terei
que me destruir para criar o que quero”. Claro, eu pensava no status psicológico,
no sentimento de apreensão e medo que desenvolvi enquanto caía no buraco
profundo da lama moral de meus personagens.
Enquanto ia escrevendo, fui desenvolvendo pequenos dramas,
como aversão ao som noturno de carros – por algum motivo eu pensava na
Kempeitai rondando as ruas – e a mania de olhar para o alto e sempre esperar
que alguma bomba estourasse.
Contudo, eu jamais imaginei que tivesse que destruir também
a minha saúde física. Terminei Jiyuu na Karada dormindo a base de tramal e
clonazepan.
Não foi uma escolha, isso aconteceu devido ao prorrogamento
de uma obra que devia ser única. Talvez, por isso, personagens citados em
Kinshi, como Miya e Oguri, só foram desenvolvidos em Jiyuu.
Foi uma falha. Não vou dizer que me culpo, afinal de contas,
eu realmente não me imagino cortando nenhuma palavra de Kinshi na Karada. Acho-a
uma obra exata, que diz exatamente o que veio a dizer. Porém, era para ter
desenvolvido toda a trajetória de Shiro em suas páginas, e isso não se deu
devido ao alongamento dos dramas e a forma narrativa da autora – sim, sorry! –
que não conseguiu narrar nada sem dar todos os detalhes.
Assim, quando finalizei Kinshi na Karada, já comecei imediatamente
Jiyuu. Então, num primeiro momento, é fato que o leitor acaba sentindo a mesma
carga de Kinshi, mas isso logo se dissipa.
Jiyuu não conta a mesma história. Os personagens
amadureceram, cresceram, não são mais tão tolos ou ingênuos como antes. Kinshi
falava da apreensão da guerra, Jiyuu dos traumas que ficaram.
Porém, Aiko, Shin e Jiro continuam no mesmo dilema. Com seus
sentimentos embaralhados, sem saber exatamente que rumo devem tomar, e agora
existem ainda mais marcas em cada um deles.
Por outro lado, Shiro é pai. Um homem trabalhador, que
luta dia a dia para cuidar da filha. E também luta para esquecer a pessoa que mais
amou e que mais lhe magoou.
Em contraste, Ryo recebeu, durante toda a sua vida, visões
que lhe indicavam Shiro. Agora, sem seu dom, ele é como um cego em busca de
alguém que se perdeu durante a guerra.
Jiyuu na Karada fala da vida pós guerra, de perdão e de valores morais, príncipios que não se abandona.
Alguns destaques são importantes: A unidade 731 continua sendo citada, mas, é encoberta durante o transcorrer do texto. Isso é devido a verdade só ter vindo a tona na década de oitenta.
Os fatos históricos continuam em destaque. Mais uma vez, assim como em Kinshi, tentei ser leal ao momento. Não foi uma busca fácil, não é fácil estudar o Japão de 1950, mas se tiver qualquer erro, foi apenas falha humana.
Meus agradecimentos especiais:
A Daniela que fez a capa, um trabalho primoroso. É impressionante como ela consegue captar a obra e tudo que nela se foca.
A Fabiana que fez a revisão, mesmo cansada e cheia de afazeres. Sua ajuda foi primordial.
A Cassia que fez o prefácio. Vão adorar^^ Logo logo publico para vocês lerem ♥
A Dani que betou e deu dicas sobre a cultura nipo.
A todas as minhas meninas do OL - Kah, Nina, Kamy, Kenia, Jana, Yume, Mel, Cristal, Gi... enfim, todas, são muitas rsrsrs - que leram, comentaram, criticaram, e me ajudaram a desenvolver a obra.
Ao Mac, do Entre Homens, pelas horas de conversa franca e de leitura crítica.
A todos os leitores da minha Page, pelo apoio incondicional, pelas palavras de incentivo quando eu quase desisti, enfim... por tudo.
Enfim, agora é apreciar o trabalho feito. Em julho, será o lançamento pela Amazon e Clube de Autores.
Antes, quem puder e quiser, pode adicionar no Skoob -
http://www.skoob.com.br/livro/512953ED519438
Muitos abraços
Josiane Veiga
Jun/2015