terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Insígnia de Claymor

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A Insígnia de Claymor


Livro I



Autor:
Josiane Veiga



Sinopse:



A Insígnia de Claymor
Europa, Idade Média


Jehanie Claymor é uma jovem Lady que cresceu protegida pelo amor incestuoso do irmão Alexei. Sem conhecer os perigos e maldades da época, ela foi mimada e amada ao extremo. Mas, em uma viagem em que abandona o castelo de seu pai para ir de encontro ao seu noivo Garreth, vê todas as suas ilusões românticas chegando ao fim.



Sir Daniel Trent só busca vingança. Sua irmã mais jovem foi seduzida pelo cavaleiro Alexei Claymor, e abandonada por ele após engravidar. Sem esperança, a jovem matou-se, deixando Trent com a incumbência de limpar sua honra. No entanto, seu destino muda completamente ao encontrar uma jovem que perdeu a memória.


...E assim, sem saber, ele acaba se apaixonando pela irmã de seu maior inimigo...



Para comprar: AQUI
adicione ele no skoob: http://www.skoob.com.br/livro/139590

domingo, 14 de novembro de 2010

Lançamento do livro "Guardians - Volume 1"

Olá! Luciane na área! =)

Sei que andei sumida. Não posto nada aqui desde o ano passado. Que vergonha, né?! Eu sei!
Graças a nossa amiga Josiane o blog não ficou entregue às moscas (aliás: Deh, Petit, cadê vocês, meninas?)

Bem, hoje venho compartilhar com vocês um pequeno grande passo que acabo de dar: de ficwriter, a autora! Minha fic original "Guardians", publicada na internet durante quase três anos, acaba de virar livro pela Editora Léxia.

Serão 3 volumes. E o primeiro já está prontinho e à venda!

Guardians é uma história de aventura, que tem início no Brasil apresentando Anne Soares, uma jovem de 22 anos, órfã de mãe, que vive uma confortável vida em uma mansão, apesar de esquecida pelo pai empresário. Mas tudo muda repentinamente quando ela é atacada durante uma festa por um estranho ser. Sua surpresa é ainda maior quando dois jovens desconhecidos aparecem para salvá-la e falam da existência de outra dimensão: o mundo youkai, onde vivem demônios, invejando e cobiçando o mundo dos humanos.

Antes que pudesse avaliar o assunto, a jovem é convencida a partir para o Japão, como a Guardiã do signo de Câncer, na missão de evitar a abertura total da fenda dimensional que permite a passagem dos youkais para o seu mundo. Embora nem mesmo Anne acredite ter tal poder, ela é ansiosamente aguardada por uma francesa, Sofie Gautier, antiga Guardiã de Áries incumbida de reunir esta nova geração de guerreiros.

Lá, a moça se depara com uma realidade muito além da que conhecia: treinamentos difíceis, massacres na cidade e o temor por Kuro, um monstruoso rei que planeja tomar o mundo humano.

Seria Anne realmente a Guardiã esperada por todos para compor a equipe? E se fosse, conseguiria aprender em meses tudo aquilo que os outros aprenderam durante toda a vida?


Segue a sinopse oficial do livro:

O mundo dos homens é protegido do mundo de malignas criaturas por uma barreira dimensional. Frágil e sob constante ameaça, ela é protegida por doze guerreiros sob os signos das estrelas: os Guardiões.

A missão desses jovens, que contam com poderes sobre-humanos, é evitar que catástrofes tomem o mundo, fechando uma fenda na barreira e impedindo a passagem dos monstros. Porém, por mais que tenham incríveis poderes, as fraquezas inerentes aos humanos – o amor, o ódio, a vingança e a hesitação – continuam presentes, tornando a missão um pouco mais difícil do que parecia ser...


E, o mais legal: o livro é todo ilustrado! A capa e os desenhos das páginas são de autoria da desenhista Ana Claudia Coelho (que, durante a publicação de Guardians na internet, ficou conhecida como "Shermmie-chan")

Quem quiser conhecer melhor a história do livro (inclusive ler os três primeiros capítulos), pode acessar o http://www.livro-guardians.blogspot.com/



Para saber como comprar o livro, entre na Loja Virtual de Guardians.


Agradeço a atenção. E prometo em breve voltar com algum artigo legal! =)

Beijos e um bom feriado pra todos!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Resenha crítica de Rendição & Talkshow de Lucy

Uma grata surpresa me recebeu essa manhã, ao chegar ao trabalho. Um aviso na minha comunidade do Orkut comunicando que Rendição havia recebido sua primeira resenha crítica. Não posso negar que fiquei com o coração na mão. Quem me conhece sabe que eu estou muito nervosa com a receptividade que Rendição vai ter do público em geral; já que, entre os fãs de literatura GLS, ele está sendo bem aceito.

Nina Shiruba certa vez me disse que eu não devia me importar, porque cada um é cada um e que sempre devo confiar no meu talento. No entanto, não sei ser assim. Sou daquelas que o coração fica na mão, desesperada e nervosa. Acredito que se um dia receber uma critica ruim, vou travar completamente e não conseguirei mais escrever... sou sensível, fazer o que?!

Então, conforme a página do blog Análises e Leituras ia carregando, eu já ia imaginando o que faria se tivesse um infarto... Mas, para minha felicidade a resenha, realista e que não se absteve de apontar características fortes dos personagens, foi essencialmente positiva. Aliás, foi um dos comentários mais positivos que já recebi na vida.

A escritora que fez a análise do livro já é uma leitora minha, mas não de meu material Yaoi. Regina já leu a Insígnia de Claymor, um livro que foi escrito em outro momento da minha vida. Uma obra que considero a melhor de todas que já escrevi, e que era revisada, corrigida e amparada por estudantes de português e historia. Rendição, ao contrário, é eu e apenas eu. Minha entrega máxima. Não tive ajuda nenhuma, e cada pesquisa (da pedofilia a doença da surdez dos cães), fiz sozinha.

Assim sendo, ler algo como “E o interessante é ver o controle que Josiane tem de toda a obra! Ela consegue nos conduzir pela história e nos mostrar que não existe só preto e branco. Seus personagens trazem problemas e dificuldades reais, enfrentam os obstáculos com garra, mas também se sentem inseguros, com medo…” faz com que todas as noites em claro, escrevendo, tenham valido à pena. Você sente que o mundo enfim pode ser capaz de aceitar um texto tão polêmico e ver a beleza do amor e o perdão (Ah, Audrey... eu já te perdoei... e agora te amo ^.^ ) mesmo que eles não sejam da forma tradicional.

Regina já é uma leitora de bagagem. O blog de suas resenhas mostram o quanto ela conhece literatura, então, sinto-me honrada por uma análise tão honesta da personalidade de Kazuo, e ao mesmo tempo tão perfeita por Aiko.

Para quem quiser ler a análise completa, clique AQUI.

Para quem tem Skoob, Rendição está AQUI.

....

Continuando a semana mais que positiva, alguém aí foi no Vila Anime no RJ? Luciane Rangel, autora de Guardians e a Ana, ilustradora de Guardians, fizeram um talk show. Foi realmente emocionante quando assisti a Lucy falando no meio daquele monte de gente, com seu livro na mão. Me remete a quando a conheci, sei lá quantos anos atrás.

Ela havia me deixado um comentário para meu livro “A rosa entre espinhos”. Normalmente, por instinto, eu sempre trato minhas leitoras com consideração. Leio seus textos, e tento dar toda a atenção que elas merecem. Naquele dia, olhando no perfil dela, descobri que ela escrevia um texto chamado “Guardians”. De cara, pensei: “deve ser cópia dos cavaleiros do zodíaco!”, já que o tema eram doze guardiões de doze signos tentando impedir o fechamento de um portal.

No entanto, de cavaleiros não tinha nada. Eles eram jovens comuns, vivendo situações típicas de pessoas de sua idade. Todo o texto era tão bom, tão bem escrito, que me apaixonei imediatamente. Naquele momento, Lucy já havia postado até o capítulo sete, e eu li eles todos no mesmo dia.

Quando comentei para ela, acabou-se criando um vinculo de amizade entre nós. Guardians foi um amor tórrido em minha vida. Eu fiquei encantada pela guardiã do meu signo (aquário), e até criei fanfics para ela, que recebeu até um fanart da Ana^^(Senhora das Montanhas, que ainda não tem um final já que travei completamente).

Portanto, é um orgulho imenso ver a Lucy lá em cima, com um microfone na mão, falando de sua história que já é a história de, pelo menos, 115 pessoas (membros de sua comunidade no Orkut).

Indico Guardians, e indico o talk show. Vale a pena assistir^^

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=T1vIgA1V7pw

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=8BdVlN-_u9w



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Escritores: bichos de 7 cabeças...


Às vezes eu me pergunto se mais alguém além de mim tem ritual de preparação para escrever algo. Tipo, talvez cantar uma música, ou tamborilar os dedos. Qualquer coisa, muitas vezes nem percebida, mas que faz toda a diferença na hora de criar.

Quando escrevia Rendição, bebia café. Sempre. Cada capítulo do livro era criado com excesso de cafeína. Talvez a razão seja porque eu escrevia a noite, após um dia inteiro de trabalho. No entanto, um dia cheguei em casa, e fui preparar café. Quando percebi que não tinha pó, foi que notei a importância da bebida durante o processo do livro. Naquele dia, não consegui escrever nenhuma linha.

Entretanto, nem só de café se faz um autor. Na “Insígnia de Claymor” (que, se Deus quiser, será lançado ainda esse ano), a base de toda a história era barras de chocolate. Entre uma tortura e outra do poderio católico da época da inquisição, eu devorava o doce e engordava vários quilos. Quando encerrei o livro I, comecei a emagrecer.

Um autor é dotado de esquisitices. As vezes são as manias, e as vezes o dom de viver de tamanha maneira a sua própria história, que acaba perdendo o senso de realidade. Isso me faz indagar-me: qual meu nome mesmo? Josiane ou Audrey (1)?

Nesse momento, estou no meio do capítulo 8 de Redenção, que é a continuação de Rendição. Minha obsessão agora são lenços de papel. Como eu choro durante toda a escrita de cada capítulo, percebi que lenços de pano estavam esfolando meu nariz. Então, abro o berreiro na companhia de lindos e perfumados lencinhos higiênicos.

Antes de chegar em casa, sempre ligo para minha mãe para perguntar como está meu estoque de lenços. Ela da uma olhada na minha escrivaninha do quarto, e diz quantos mais ou menos tem. Dependendo da resposta, passo na farmácia antes de chegar em casa.

Essas atitudes completamente transtornadas são compartilhadas por outros autores. Nas conversas semanais com minhas colegas de profissão (?), acabo descobrindo que muitas necessitam de música durante a digitação, ou de outras coisas que variam de copos de água a posição de Yoga em cima da cadeira.

Que bicho esquisito essa pessoa chamada autor, não? Já notaste que nenhum é normal? Somos todos repletos de manias e vontades que o mundo racional não pode compreender. Como, por exemplo, explicar a desidratação que tenho ao escrever uma cena triste? Ou o tempo que fico gargalhando ao ler algo engraçado? Não há parâmetros para explicar um autor. No entanto, aparenta que quanto mais estranho seja ele, mais talentoso e incrível seus textos são.

Josiane Veiga



(1) Antagonista de Rendição.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sou uma eterna romântica...


Acredito que o que mais se destaca no meu trabalho como escritora nos últimos dez anos é meu lado idealista. Não que meus amores sejam “cor de rosa”; mas, são amores leais, capazes de lutar contra o que for por aquilo que se acredita.

Talvez, eu não passe de uma eterna romântica. Daquelas que ainda acreditam que duas pessoas possam se apaixonar e se manter fiéis a esse sentimento, mesmo quando todo o resto do universo se coloque contra.

Estou lançando o livro “Rendição” no mês de outubro. Quando escrito para a internet, ele se tornou um sucesso. Porém, tinha lá minhas dúvidas de sua aceitação na literatura impressa. Conversando sobre o fato com a autora Nina Shiruba, ela deixou bem clara a opinião sobre a aceitação: “Rendição tem mais chances de ser lido por mulheres que por homens.”

Fiquei um tanto curiosa sobre esse conceito, já que Rendição é uma historia de amor entre homens. Navegando pela internet, fui bombardeada com uma realidade que muito me incomodou: a maioria dos gays não quer nada sério.

Então, comecei a analisar e notei outra coisa: não são somente os gays, mas também os heterossexuais.

Logicamente, não posso ficar achando tudo lindo, e fingir que nada vejo. Realmente, não sou do time “em cima do muro” e exponho minhas opiniões a qualquer pessoa. E meu grito para essa triste realidade imoral do mundo se faz na minha literatura. Rendição de certa forma será meu grito contra a hipocrisia conservadora, que não aceita um amor de verdade. Mas, também é um tapa de luvas em quem acha que a vida é apenas um jogo de sexo, prazer e irresponsabilidade.

Um ser humano, uma pessoa, é mais que um órgão genital. Somos seres racionais, dotados de sentimentos, e merecemos amar e sermos amados.

Por que Rendição poderá ter mais leitoras femininas? A resposta pode se basear no fato de que as mulheres ainda não foram totalmente corrompidas para uma triste ilusão atual: “você não passa de um pedaço de carne”.

Eu não sei quem você é, nem como chegou até o meu mini artigo. Não tenho idéia da sua vida, nem das coisas que viveu. No entanto, quero que saiba que, mesmo desconhecendo o leitor que tenho nesse momento, eu afirmo com certeza absoluta: você não é uma coisa descartável.

Rendição pode ser um simples romance; entretanto, creio, também pode abrir os olhos de “Melanies” da vida. Eu sei que tenho um time de personagens que pode tocar quem ler.

É um simples dom.

Foi Deus que me deu.

E o qual ninguém pode me tirar.

Muitas pessoas se viram em Rendição enquanto liam o livro inacabado... agora quero que mais gente se veja... e quero que entendam que o mundo não é somente cinza, mas também pode ter suas cores.

Um abraço.

Josiane Veiga

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Críticas: construtivas ou destrutivas?

Live Preview: Críticas: construtivas ou destrutivas? - FanFiction.Net

Críticas: construtivas ou destrutivas?

Por Josiane Veiga


...quando terminamos de escrever, estamos com nossas vistas viciadas Por isso, pouco adianta ler o texto assim que terminar, porque os olhos passarão direto pelos erros (já que a história ainda está fresca na cabeça) e não vão identificá-lo. Isso ocorre com todo mundo que escreve qualquer coisa. Eu, por exemplo, preciso sempre esperar alguns dias para ler novamente o que escrevi. Só assim, consigo fazer uma revisão mais ou menos decente (ou nem tão decente assim, porque, apesar do tempo que passou, a história continua na mente de quem a criou).”

Conhece o texto acima? Ele foi parte de um artigo intitulado: “O poder de uma crítica”, escrito por Luciane Rangel. Ah, você sabe quem é a Luciane Rangel? É simplesmente a autora do ficdrama do site Pandora, e uma das melhores autoras de originais do país, revelação dos últimos anos.

Ok, Josy... mas, e daí? Por que iniciar um texto falando isso?

Caro leitor(a), quero destacar nesse parágrafo algo incrível que talvez você não tenha notado ao passar os olhos rapidamente:

- “Quando TERMINAMOS de escrever...”

-ocorre com TODO MUNDO que escreve qualquer coisa”

Percebeu? Não? Calma, eu explico.

Iniciar esse (como poderia definir, artigo?) texto com as palavras da Luciane teve um único objetivo: mostrar que os monstros do mundo atual das letras também erram! E digo mais! Sabe por que aquele autor maravilhoso que você tanto ama não te entrega um livro lotado de deslizes? Por que existe uma equipe por trás dele, que lê o texto, corrige, arruma, etc. E essas pessoas não fazem isso por amor a literatura (ou seja, não são betas), e sim por dinheiro, afinal, essa é a profissão delas.

Nos últimos anos, o mundo fandom do país mudou muito. Antigamente, a maioria das pessoas não tinha computador, e o ataque aos escritores era bem restrito. Hoje, qualquer pessoa que escreve está sujeita a críticas, que mascaradas de construtivas, estão acabando com a carreira de futuros grandes escritores.

Por que estou as 08:43 da manhã, sentada na frente do computador escrevendo isso? Talvez seja porque esse assunto me incomoda. Dizem que os aquarianos são assim: quando se sentem incomodados ou vêem injustiças, tem que fazer algo, nem que seja escrever um texto, para tentar acordar as pessoas.

Em 2007, eu escrevi um artigo destacando o seguinte: “Você nunca vai crescer enquanto não for criticado” e, acreditem vocês, eu ainda concordo com isso. As críticas nos fazem crescer, nos amadurecem, nos desenvolvem. O problema é que a visão de crítica que tenho é diferente da opinião da maioria dos leitores do Brasil.

Alguém aí sabe o significado da palavra crítica? Quer dizer apreciação, avaliação ou opinião. É bem diferente de “detonar o outro” com a velha desculpa do “eu só quis ajudar”.

Humilhar publicamente alguém hoje é moda. É só a pessoa escrever uma palavra errada, e então começa o ataque intensivo dos “pseudo intelectuais”. Na maioria das vezes, as “críticas construtivas” são apenas uma máscara para a inveja do “fulano escreveu esse horror, e têm mais comentários que eu”.

Notaram? Vou exemplificar.

Escrevo já há algum tempo, e já recebi várias críticas. Conversando esses dias com uma leitora (beijo, Sheila!), eu disse que sou sensível a críticas, e não gosto delas. Na verdade, no meu início, as adorava! Por quê? Porque as pessoas que as faziam eram diferentes. A Sandy Youko, por exemplo, trabalha com a língua portuguesa. Isso quer dizer que ela tinha todo um cuidado em me dizer no que eu devia crescer... e (pasmem!), suas avaliações eram feitas por email, de forma discreta.

Infelizmente, nos últimos anos, o tipo de crítica que eu recebo é muito diferente das do meu início. E quando reajo ofensivamente a elas, a pessoa ainda tem a cara de me dizer: “eu só quis te ajudar”.

Vamos ser claros? Uma verdadeira crítica jamais é exposta num comentário público. O caso muda, claro, se você é escritor de uma editora. Mas no caso de fics originais e fanfics de qualquer fandom, se o leitor crê que pode ajudar o autor, deve tentar fazer isso de maneira EDUCADA e DISCRETA. Ou você vive na ilusão que vai despertar a gratidão de alguém chamando a atenção dessa pessoa em público?

Outra coisa: uma crítica construtiva é CONSTRUTIVA. Ficar dizendo “você errou na vírgula”, ou “devia ser ponto de exclamação, e não interrogação” não é crítica, porque normalmente um autor só comete uma falha dessas por desatenção ou falta de beta. Se você não tem nada a acrescentar na obra, não comente. Mas se tiver, faça de forma discreta, e privada. E respeite o direito da pessoa continuar a escrever a história do jeito que quiser, afinal, a história é dela! Não é porque eu quero que o João fique com a Maria, ao invés de com a Ana, que eu tenho o direito de esculachar o trabalho de um autor. Se você não gosta dos pares, não leia a obra!

Você que está sentado à frente do computador, lendo esse artigo, nesse momento deve estar sentindo uma dessas duas coisas para com ele: carinho ou ódio. Se for carinho, é sinal que, provavelmente, você já passou por uma situação de ataque e saiu bastante ferido. Se for ódio, é provável que goste de atacar, e acha-se um salvador do mundo literário limpando o mundo dos maus escritores.

Bom, caros, permito-me o direito agora de dirigir-me diretamente a segunda classe dos leitores do artigo: Você me conhece? Provavelmente sim, se está lendo esse texto. Bom, já deve ter lido a “Insígnia de Claymor” ou “Rendição”, né? Escrevo com o português no máximo do “certinho” que consigo, não? Deixa eu te contar uma bomba: Eu também já escrevi em linguagem de internet e sem me importar com o português correto! É verdade! E tenho textos na net que provam isso. Aliás, deixa eu “linkar” aqui o meu: BBBA. Entre AQUI e deslumbre-se com um dos piores lixos já escritos no Brasil. E é meu! *orgulhosa*. Sabiam que o BBBA ficou quase um ano em primeiro lugar como o fic mais lido do Animes Spirits? Será que é porque o povo gosta de lixo? Eu tenho uma teoria melhor: é porque as pessoas gostam de histórias com alma, mesmo que sejam comédias esdrúxulas.

Uma obra, caríssimos, não é um amontoado de palavras perfeitamente postas numa folha de papel ou na tela de um computador. Uma história de verdade é aquela que te faz rir ou chorar, que te emociona ao ponto dos erros ortográficos serem completamente ignorados.

Vem cá: Você se importaria se “Batalha do Pop” do Fabiano Kinomoto tivesse erros de digitação? Pararia de ler “Seven Sisters” da Petit Ange se ela cometesse um ou outro erro gramatical? Desmereceria a incrível obra “Estação das Ilusões” do Stormy Raven porque ele esqueceu uma vírgula? Tenho certeza que não! Essas três obras citadas são apenas alguns de muitos exemplos das fantásticas histórias que estão surgindo, dia após dia, nesse país! Se algumas delas contem erros (sinceramente, não sei. Leio com o coração e não fico catando erros, a não ser que eu seja beta!) é totalmente irrelevante, porque o que realmente importa é que são textos que nos fascinam, nos emocionam, nos fazem chorar!

Um dos lugares de maior talento por metro quadrado no país é o Arachikut. Quando eu entrei nele, o grupo de fanfics ainda era pequeno. Logo de cara percebi que o povo lá tinha talento, mas, assim como eu no começo da caminhada, acreditavam que “só escreviam por diversão, então não precisavam ser cuidadosos”. Aos poucos, com cuidado, respeito e singeleza, comecei a demonstrar a alguns, o quanto eles eram verdadeiros artistas. (De verdade! Sim, caros, um escritor é um artista! Se ele ganha dinheiro ou não com suas obras, não importa; afinal, Van Gogh, por exemplo, se matou porque nunca foi reconhecido em vida.)

De repente, as obras começaram a pipocar por lá. Os que já escreviam, foram publicando com mais coragem seus textos, melhorando em vários aspectos, crescendo sem limites. Os que só liam, também começaram a traçar suas linhas. Uma revolução literária sem NENHUMA CRÍTICA DESTRUTIVA!

Vocês não têm idéia do que aquele site se tornou! Apareceram obras de época, incrivelmente pesquisadas e trabalhadas. Comédias fofas, que me matavam de rir cada vez que eu lia. Hentais fantásticas, que quase mataram do coração 90% dos leitores. Romances tão reais, que se eu não soubesse que haviam sido escritos por fãs, teria certeza de que eram autênticos.

Eu afirmo sem medo: Hoje, o Arachikut é o site com as melhores fanfics do Brasil, em minha opinião. Temos (me incluo) muito a crescer (ainda bem!), mas estamos crescendo num ambiente sadio, sem sadismo, ironias, etc. Eu, com sinceridade, acredito que o mundo atual das fics tem muito a aprender com o a humildade e dedicação do povo do grupo de fanfics do Arachikut.

Ah! Viram como o respeito faz muito mais do que as críticas? O mundo fandom deveria ser todo assim. Os que tiveram mais chances de aprender (seja por faculdade, experiência, convívio com gênios, etc...), repassando aos outros, de uma forma educada e gentil.

Na comunidade do Nyah, fui acusada de não aceitar críticas. Sim. Se você quer me detonar, vire a esquina e procure outro. Mas, se você quer ser meu amigo, quer me ajudar a crescer e, em especial, se você reconhece que eu não escrevo só erros, mas também tenho meus pontos positivos: sinta-se bem vindo! Eu vou tentar ouvi-lo.

E, se por acaso, está sendo vítima de ironias e perseguições, seja por um texto ou pelo fandom que você escolheu (sim pessoal de Crepúsculo e Naruto... estou falando com vocês!), lembre-se de que a maior parte dos textos sagrados do mundo fandom de hoje, foram “modinha” antigamente.

Últimas dicas de hoje:

-Não se sinta superior porque você escreve “originais”. LEMBRE-SE: Os melhores autores de originais de hoje, começaram com fanfics.

-Não se sinta derrotado com qualquer crítica destrutiva (eu sei que a gente fica pra baixo, mas levante a cabeça). Faça como eu: vá ao perfil da pessoa que te criticou e veja as obras dela. E então dê uma boa risada e prossiga em frente; afinal, normalmente quem detona os outros são os que não têm competência. Sabe como é... aquele velho ditado... quem muito vê a sujeira na janela dos outros, é porque a poeira está nos próprios olhos.

-Uma obra é algo que tem alma, e vida. Se você não tem beta, e está com medo dos “flammers camuflados de críticos literários de hoje”, publique igual. Não importa se seu texto tem erros. Use o Word e arrume os piores. Vá a sites/forum como o Nyah, UMDB, etc, e procure betas para ajudá-lo. Não se desmereça, nem fuja dos desocupados. Não desista do seu dom por causa de pessoas que só querem te destruir.

-Acredite em você.

-E nunca, nunca e nunca se esqueça do principal: Dê o seu melhor... sempre.

Bom, é isso!

Até a próxima.

Nota: Obrigada a Sheila que leu e corrigiu o texto. Valeu Amiga!!!