sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O Lorde da Torre - Grazie N. Ferraz


Sir Alex é um jovem artesão que amou o homem sagrado pelo Rei. Como castigo por tal ousadia, foi lançado em uma maldição cruel que privou-lhe não apenas de liberdade, mas também de todas as suas esperanças. Contudo, a distância e o tempo seriam mesmo capazes de separá-los? 

Um Conto de Fadas inspirado no poema A Senhora de Shallot de Lord Alfred Tennyson em 1842. 



A Autora
 
 Grazie N. Ferraz, paulista de Jundiaí – SP, trabalhou cerca de 8 anos como Professora de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino e em 2010 decidiu abandonar a profissão para começar a se dedicar a duas de suas maiores paixões: criar histórias e fazer arte.
O Lorde da Torre foi seu primeiro conto no gênero Yaoi (e também original) idealizado em 2008.





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E o que a Josy achou?

Essa semana estive demais! Três livros nacionais lidos e resenhados, hem? Na verdade, eu tinha por objetivo ler apenas o da Sheila e do Oscar, mas estava no facebook à tarde, e dai do nada me surge uma propaganda de um lançamento Yaoi. Olhei a capa, a sinopse, e me apaixonei a primeira vista. O LORDE DA TORRE tem tudo que me encanta na literatura: bem escrito, sem medo de polêmicas, e foge da mesmice insuportável que existe no mercado nacional.


O "Lorde da Torre", aquele que fora confinado à eternidade por ser o único a desafiar o rei! O Lorde que terá tudo o que necessita, salvo aquilo que ele mais deseja!"



Bom, diante disso, o que mais eu poderia fazer além de me entregar a essa obra? Costumo falar bastante mal da literatura nacional (não me arrependo, tem cada coisa... tem gente que só tem fama porque têm amiguinhos... porque de qualidade... ecaaaa), mas por sorte estão caindo tantas coisas interessantes em minhas mãos ultimamente. Gente sem medo de ousar, com capacidade de tocar, com inteligência pra criar... Enfim, sorte minha!

Ah, e isso a Grazie tem de sobra – coragem de ser diferente.

O LORDE DA TORRE tem um formato de conto, puxando muito para o estilo clichê dos contos de fadas. Mas, engana-se quem espera que a autora seja daquelas bobinhas, com um texto previsível e besta. Não, esse livro tem aquela pitada de provocação, de ousadia.

Já começa pelo casal. Sir Lex (Alex) ama o homem sagrado do Rei (Edwin). Um padre que, numa insinuação forte da autora, é obrigado a manter uma relação carnal com a majestade sem, no entanto, desejar tal coisa. Edwin ama Alex, e logo os dois partem para o finalmente. Porém, um romance destinado ao fracasso, já que além de serem homens, são proibidos de prosseguir nesse sentimento devido ao Rei, que deseja Edwin não só como amante, mas também como propriedade.

A crítica sutil é tão nítida e perfeita, que eu senti orgulho dessa autora ser alguém que já em sua primeira obra se dedica ao Yaoi (chupa sociedade!). Ora, Edwin sabia ser proibido de amar, mas ao mesmo tempo, em seu íntimo, entendia que Deus no céu não só aceitava seus sentimentos como abençoava sem amor.

O talento e a maturidade de Grazie, comparada com o que hoje existe no mercado, é tão superior que assusta. O romance de estreia dela demonstra que a autora já nasceu pronta. Agora é só brilhar.

“Inalava nelas o perfume de Edwin e extasiava-se apenas com um simples roçar de coxas. Sem querer, já estava estremecendo de comoção e desejava unicamente tocá-lo com a leveza merecida. Era inevitável o sorriso, o olhar perdido na face encantadora iluminada pelas chamas sibilantes.”

O texto, de uma delicadeza impar, tem apenas um defeito – ser curto demais. A maioria das pessoas devora aquelas quarenta páginas em minutos, sentindo aquela ânsia de mais. A boa notícia é que a autora vai prosseguir nessa caminhada. Vamos nos preparar mais para livros perfeitos   

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CABRA CEGA - Sheila Ribeiro Mendonça



Clara e Gustavo se conhecem em um clube de Curitiba quando ela estava pensando em viajar, antes de começar a faculdade, e então se apaixonam e casam. Assim, a vida de Clara muda rapidamente. A mudança é radical, pois Gustavo se revela um homem agressivo, ciumento, possessivo, violento, ardiloso e perspicaz, com isso transformando a vida dela numa constante surpresa e esconde-esconde. Não somente de comportamentos, como também de cidades. Com o intuito de não criar laços com ninguém e, principalmente, de não deixar que a família de Clara saiba onde ela está, você vai acompanhar Cabra Cega sem ter a certeza de até quando aquela cidade fará parte dos planos de Gustavo. Em Cabra Cega acompanhamos os escondidos.




O autor - Sheila Ribeiro Mendonça
Sou jornalista há 15 anos e justamente escolhi esta profissão por conta da minha enorme paixão pela escrita. Tudo desde de pequena me inspira, claro que com o passar dos anos fui evoluindo com as palavras e sensações. E foi assim que no início da idade adulta escrevi o meu primeiro romance. A escrita definitivamente é o ar que eu respiro. Algo que me move e muitas vezes é até maior do que eu mesma, assim fazendo com que em qualquer lugar e situação que eu me encontre pegue um papel e caneta e deixe a inspiração que chega fluir em palavras, sem a pretensão de transformar em um texto perfeito, apenas escrevo e sinto um enorme prazer com isso. Escrevo simplesmente com o coração e com a inspiração que Deus me dá. E foi assim que escrevi o meu primeiro romance na certeza de que sigo no caminho da arte de escrever.







E o que a Josy achou?



Já tinha algum tempo que eu queria ler Cabra Cega. Os motivos iam desde a simpatia que eu tenho pelos textos da autora (costumo ler as coisas que ela posta no face, no blog, etc) até a curiosidade pelo tema, pouco explorado aqui no Brasil.

Apesar de sermos um país com um número gigantesco de vítimas de violência domestica, são poucos os autores que se sentem capacitados para escrever sobre tal. Sheila demonstrar estar entre os autores que podem lidar com o tema.

Por si só Cabra Cega já é um livro polêmico. Mas, a forma como ele é narrado pode aumentar ainda mais isso. O livro não tem diálogos, apenas uma narração em terceira pessoa. Assusta, não é? Mas, garanto que consegue trazer proximidade entre o leitor e a – pobre – protagonista.

Gustavo e Clara eram um casal aparentemente normal, mas que mantinham algumas características estranhas, fazendo com que ambos se tornassem pessoas que despertavam certa curiosidade onde moravam. Trancada em casa, protegida por cortinas e proibida de falar com os vizinhos, Clara é uma jovem que sofre pela obsessão do marido, alguém que anda na corda bamba entre a psicopatia e a maldade. 

De cara, percebemos que dificilmente a mulher (a vítima) sabe onde está se metendo. Tanto na vida real quanto na história. Em Cabra Cega, o agressor era um estudante de medicina e frequentava um clube familiar. Ou seja, era acima de qualquer desconfiança/suspeita. Mas Sheila é clara em narrar que todo maluco tem algum ponto que se entrega. No caso de Gustavo, ele simplesmente não tinha amigos nem família. Mesmo no casamento, não havia ninguém “da parte dele”. 

“Ah” pensamos “se Clara tivesse percebido isso de cara, não teria passado por nenhum dos seus problemas”. Mas, tanto no livro quanto na vida, a maioria das mulheres não tem coragem ou capacidade de distinguir a encenação dos homens violentos. Tornam-se vitimas não só desses homens, mas também de si mesmas. Talvez pelo lado financeiro, ou pela dependência psicológica, o fato é que muitas mulheres sentem medo de morrer caso larguem os agressores ou sentem pavor de envelhecer sem um macho. Triste fim de quem se permite ser alienada pela sociedade que só da o valor para a mulher que tem um homem do lado. Mas, isso é discussão das grandes pra outro momento.

É meio chocante o fato de que a protagonista Clara é completamente submissa e covarde, sem voz de se levantar. Já li algumas resenhas de pessoas revoltadas com a Sheila, como se a autora fosse culpada pela apatia da personagem, sem saber que qualquer pesquisa sobre o tema prova que a maioria das mulheres vítima de namorados/maridos/companheiros são o retrato fiel de Clara. 

E culpar a família? É complicado se envolver. Isso me lembra duma história que a minha mãe conta de quando estava grávida de mim.

Aos sete meses de gravidez, a vizinha estava apanhando do marido, e minha mãe resolveu se meter. Ficou tão nervosa, que teve uma hemorragia e foi levada as pressas para o hospital.  Graças a Deus, não me perdeu (não estaria aqui resenhando kkk), mas ao voltar pra casa depois de uma temporada muito difícil no hospital, encontrou a vizinha e o marido aos beijos no portão. 

Isso prova o quê? Que Deus dá a vida pra cada um cuidar da sua. 

Quem armou a própria cama foi Clara. Ela fez todas as vontades do marido, submetendo-se a personalidade doentia. Mesmo nas vezes que a família (especialmente a irmã), fazia menção de se envolver e defendê-la, a personagem abria seus braços para a apatia, aceitando seu destino. Mesmo sendo um livro curto, a trajetória da história é a busca de Clara em, mais que lutar contra Gustavo, lutar contra si mesma.

Não vou dar spoilers, é imperdoável, mas gostei de saber que a personagem, até o final da obra, aprendeu seu valor.

Indico? Com certeza. É um bom livro de estreia o da Sheila, corajosa num país de mesmices.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Waverly Hills - Onde Reside o Mal


O sanatório de Waverly Hills é considerado um dos lugares mais assombrados das Américas e há anos guarda segredos que ainda não foram revelados. Um grupo de brasileiros decidiu ir até o Estado do Kentucky (EUA) e decifrar esses mistérios. Poderão eles descobrir os motivos de haver tanta maldade naquele lugar ou serão forçados somente a lutar por sua sobrevivência?


O Autor
Oscar Mendes Filho é paulistano. Possui oito obras publicadas através do Clube de Autores: Prisioneiro da Eternidade – RPG, Contos Para Nunca Esquecer, HANZ, JOSHUA, PRISIONEIRO DA ETERNIDADE, PRISIONEIRODA ETERNIDADE II - A Redenção, Contos Para Nunca Esquecer Vol. II e Waverly Hills - Onde Reside o Mal. Responsável pelo blog: Prisioneiro da Eternidade (www.prisioneirodaeternidade.blogspot.com) onde publica contos de sua autoria e algumas notícias acerca da Literatura Fantástica.                


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E O QUE A JOSY ACHOU?              


Bom, vamos lá: coloque a corajosa Josiane Veiga lendo um livro de terror e temos uma Josiane Veiga sem dormir a noite. Ah, claro, esqueci-me de mencionar o fato de que eu só assisto SuperNatural de dia, só leio Stephen King de dia, e que não vejo filmes de terror porque, apesar de obviamente eu não acreditar em espíritos, eu admito que posso estar errada. Então, coloque essa mesma Josiane lendo um livro de terror em que o fundo é o famoso sanatório que, ainda hoje, tem seu prédio considerado o mais assombrado da América, e aí sim teremos uma Josi que definitivamente vai passar a noite de sábado em claro.

Ahhhhhhhhhhh malditos livros bons que eu não resisto. Ainda mais do Oscar, que é famoso por ser um dos melhores do gênero aqui no Brasil.

Enfim, para entender a história é preciso conhecer um pouco sobre o sanatório Waverly Hills. Construído no inicio do século para abrigar doentes de tuberculose, ele foi palco de muitas mortes, suicídios e até experimentos com doentes terminais. Hoje ainda é palco de estudos de fenômenos paranormais e, dizem, que um filme gravado lá teve até efeitos como vozes aparecendo nos áudios, de forma que ninguém até hoje explica.

E esse foi o palco escolhido pelo Oscar Mendes Filho para seu excelente “Waverly Hills – Onde Reside o Mal”. O livro (curto, menos de 60 páginas), tem um ritmo acelerado, quase asfixiante, como aliás devem ser sempre livros desse gênero. Sua narrativa é como um documentário, e diversas vezes temos que nos lembrar que estamos lendo uma obra de ficção e não algo que realmente ocorreu.

Oscar começa a obra falando sobre uma expedição de brasileiros que vão até Waverly Hills para estudar os tais fenômenos. Narrado em terceira pessoa, mas alternando-se a primeira, quando o texto se foca em personagens distintos, através das falas que os médiuns fazem para um gravador (eles arquivam todos os momentos), podemos sentir com veracidade o medo que se experimenta num lugar daqueles.

Num dos momentos, a médium Samanta, que está no túnel da morte, narra:

“Posso sentir a fúria dos espíritos que viram seus corpos sendo empilhados para transporte e posso ver algumas pessoas gritando e chorando, desesperadas. Vejo, ainda, médicos e enfermeiras ainda trabalhando aqui como se ainda estivessem vivos.”


A experiência de Samanta, aliás, é de arrepiar. Juro que teve momentos que eu parei, fui lá pra sala, brinquei com a Minikui(uma das minhas gatas)... e depois voltei. A narrativa em primeira pessoa (quando ela narra pro gravador) parece dar uma agonia muito maior que o normal.

Todos os demais médiums e pesquisadores passam por situações horripilantes, enquanto o clímax vai aumentando, e então vem o desfecho, inimaginável.

Enfim, é um ótimo livro, uma história pesada, um prato cheio para amantes do gênero. Aliás, o terror no Brasil é muito pouco explorado, e acho que Oscar tem um grande caminho ^^ Sei que ele está colocando seus livros da Amazon, adicionem a obra no skoob e quando sair na Amazon, não deixem de conferir. 



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Novo trabalho - O Pilar


Dentro de alguns dias estarei disponibilizando o meu primeiro livro destinado ao público teen. O Pilar é um conto rápido, narrado em primeira pessoa, e conta a vida de Emma, uma jovem interna que acaba parando dentro da história de um misterioso livro.

O Pilar foi escrito por mim aos 14/15 anos, ou seja, já tem mais de uma década. Fiz versões de fanfic da história, mas decidi atualizá-la e torná-la livro porque tenho um apreço muito grande pela história.

Nessa caminhada, duas pessoas foram e estão sendo de extrema importância: Fabiana, minha beta, que está me dando muitas dicas sobre mitologia (eu não havia tido muito cuidado com as lendas quando escrevi o texto), e que está corrigindo o texto. Também agradeço de coração ao Mac e Ira, amigos que me ajudaram com a capa. Graças a eles, consegui uma capa linda pro livro ♥ O que seria dos autores nacionais sem os amigos?
kkkk



Bom amados, o texto ainda não está disponível, mas peço que adicionem o livro no skoob. Isso é de muita ajuda:

http://www.skoob.com.br/livro/370822-o-pilar